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“Sabia que alguns alimentos

me faziammal e os evitava.

Quando percebi que estava

passando mal até com o que

comia em pouca quantidade,

como queijo branco, resolvi

procurar ajuda e obtive

o diagnóstico”

Ethiene Borbely,

assistente social

Sem lactose

Estima-se que 50% dos brasileiros sejam intolerantes à lac-

tose. Uma das causas mais comuns é a falta de lactase, en-

zima responsável pela absorção do carboidrato. A restrição

normalmente se estende a todos os derivados do leite, im-

pactando principalmente no consumo de cálcio. A boa no-

tícia é que o nutriente também está presente em produtos à

base de soja, vegetais escuros (couve, brócolis e espinafre) e

semente de gergelim.

Os sintomas geralmente começam entre 30 minutos e duas

horas depois do consumo de alimentos que contêm lactose.

Os mais comuns são diarreias, náuseas, vômitos, dores abdo-

minais e inchaços. Vale lembrar que a intolerância pode ser

desenvolvida em qualquer momento da vida, principalmente

depois de quadros de intoxicação alimentar, que podem dani-

ficar a mucosa intestinal. É por isso que o número de portado-

res do problema é grande.

Embora uma dieta livre de lactose restrinja todos os pro-

dutos derivados do leite, impactando na absorção de cálcio,

principal componente dos derivados, é possível conviver sem

a substância e consumir outros alimentos ricos no nutriente,

como os mencionados acima. É o que acontece com a dieta

vegana, por exemplo, em que os adeptos não consomem lei-

te por ser de origem animal, mas encontram opções naturais

para substituí-lo, como o leite sem lactose ou à base de soja. O

tofu também é um bom substituto para o queijo.

Vegetariana há 15 anos, a assistente social Ethiene Borbely

descobriu recentemente que tem intolerância à lactose em

grau elevado. A base de sua alimentação agora é composta

por legumes, verduras, frutas, grãos, oleaginosas e legumi-

nosas. “Sabia que alguns alimentos me faziam mal e os evi-

tava. Quando percebi que estava

passando mal até com o que comia

em pouca quantidade, como quei-

jo branco, resolvi procurar ajuda e

obtive o diagnóstico”, diz.

Além de celíaca, Maria Carolina

tem intolerância à lactose, o que

contribuiu para a decisão de seguir

uma alimentação variada e rica em

legumes, frutas, ovos, carnes bran-

cas, chia e linhaça. “Quando fui

diagnosticada, percebi que seria

necessário fazer algumas mudan-

ças, principalmente em relação aos

meus hábitos alimentares. Diminuí

o consumo de produtos industriali-

zados e sinto que minha qualidade

de vida melhorou consideravel-

mente”, conclui.

©1

setembro 2015

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