

FOTOS: ©1MARINHEIROMANSO
Doença celíaca
Para algumas pessoas, a decisão de retirar o glúten da dieta
tem a ver com necessidade. A doença celíaca, que atinge um
em cada 400 brasileiros, causa uma desordem sistêmica au-
toimune desencadeada pela ingestão de glúten. O problema é
que muitas vezes o diagnóstico demora a aparecer.
Para chegar ao resultado, Veinert recomenda o levantamento
do histórico familiar, a descrição e a intensidade dos sintomas e
a relação da quantidade dos alimentos ingeridos, além de exa-
mes e testes bioquímicos e imunológicos.
A bacharel em turismo Maria Carolina da Costa levou cer-
ca de um ano e meio para descobrir que tinha intolerância
ao glúten. “Estava muito magra por causa da doença, engor-
dei 10 quilos depois de tirar a proteína da dieta porque meu
organismo passou a absorver
melhor os nutrientes”, lembra.
Desde que descobriu o proble-
ma, ela evita comer fora de casa
e sempre leva marmita para o
trabalho, além de fazer acompa-
nhamento nutricional. Vale lem-
brar quea contaminação também
pode ocorrer em casos de uso
compartilhado de utensílios.
De acordo com Ana Carolina
Padilha de Paula, nutricionista
do Hospital São Luiz, unidade
Morumbi, o ideal é que os ce-
líacos procurem preparações
à base de cereais que sejam
livres de glúten. “Farinha de ar-
roz, amido de milho e polvilho
são opções que devem estar
presentes no cardápio”, diz.
Por causa da dieta, passou a consumir pães e até pizza sem
glúten. Como muitas pizzarias já preparam a massa sem fari-
nha de trigo, ela reveza nos pedidos para não incomodar o ma-
rido, que segue uma dieta normal. “Quando estou na casa de
um amigo, por exemplo, não deixo de consumir algo que tenha
a substância, mas procuro ingerir pouca quantidade e equili-
brar com alimentos livres de glúten”.
A doença celíaca
atinge um em cada
400 brasileiros
e causa uma
desordem sistêmica
autoimune
desencadeada pela
ingestão de glúten
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vemVIVER
setembro 2015
nutrição