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VEMVIVER
MAIO 2014
Desses, os que mais acometem os
brasileiros são a insônia, dificuldade de
pegar ou manter o sono que atinge 30%
da população, e a apneia, um problema
sério que atinge entre 4% e 7% da popu-
lação. "Essa síndrome se manifesta por
um ronco muito alto, que chega a 65 de-
cibéis, com pausas respiratórias. Depen-
dendo do número de paradas respirató-
rias por hora, essa pessoa apresenta até
50% a mais de chances de desenvolver
uma doença cardiovascular, hipertensão
arterial, arritmia cardíaca, infarto agudo
do miocárdio e derrame cerebral", expli-
ca a pneumologista.
Para identificar o problema, em muitos
casos é importante passar por um exa-
me de polissonografia, que monitora o
paciente dormindo e mede diversos pa-
râmetros, como respiração, oxigenação
do sangue e movimentos dos membros
inferiores. "Ela é utilizada como ferra-
menta no diagnóstico de roncos, ap-
neias, insônia, bruxismo, movimentos
anormais dos braços e pernas, é indicada
ainda na complementação diagnóstica
de arritmias cardíacas, hipertensão ar-
terial, sonolência diurna excessiva, nar-
colepsia e cataplexia", diz o neurologista
João Espir Filho, do INCEF (Instituto de
Neurologia e Cefaleia), de Ribeirão Preto.
A analista de contas médicas Tatiana
Alves, de 31 anos, acredita que o exame
pode ser a chave para descobrir o que
afeta seu sono. Desde pequena, ela tem
dificuldades para adormecer e acorda
diversas vezes ao longo da noite. "Não
tenho nem a lembrança de uma vez que
tenha dormido uma noite inteira. Tenho
o sono muito leve, qualquer barulho me
acorda. E aí durante o dia fico apática e
sonolenta", diz.
Depois de tentar alguns tratamen-
tos, como florais e acupuntura, Tatiana
agora aposta em uma terapia de relaxa-
mento antes de se deitar. "Sinto que te-
nho pegado no sono mais rapidamente,
mas tenho muita dificuldade de deixar a
mente livre."
ON X OFF
Não é só para Tatiana que entrar em um
estado de relaxamento antes de dormir
é um desafio. Uma pesquisa coordena-
BEM-ESTAR