Revista Viva | edição 21 | Unimed Vitória - page 17

REVISTA VIVA
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Sobre a diferença do sentimento de ser avó em
relação aos filhos, ela diz que o amor é tão forte
quanto, mas que filho gera muita preocupação,
por conta da pouca experiência. "Ao ser avó, é hora
de curtir o amor e deixar o neto fazer tudo o que
quiser mesmo", brincou. Mas seu papel também é
de mãezona, pois na família a palavra final é sem-
pre de dona Eliza. "Com tanto amor assim, aos 64
anos peço a Deus para que eu viva bastante para
aproveitar meus netos.
Já a vendedora Maria Aparecida Lana, tomou
uma decisão quando soube que seria avó: se dedi-
car inteiramente a sua neta Alice Dias de Assis, 2
anos. "Nunca recebi dedicaçãodosmeus avós como
gostaria, mas sempre pensei que quando fosse avó
iria aproveitar intensamente. Queroque umdiami-
nha neta fale que teve uma 'vozona'. Nunca tive isso
na vida, mas posso dar para ela", conta Aparecida.
Como os pais de Alice trabalham e fazem
faculdade à noite, Aparecida fica na casa deles
cuidando da neta à tarde, depois que a busca na
escola, masmuitas vezes, estende sua estadia até a
noite. "Estou sempre com ela e brincamos juntas".
Porém, mesmo fazendo tudo pela neta, ela tem
consciência de que não pode consentir com todos
os pedidos. "Quando precisa, trato compulso firme
e ela me respeita. Avó não pode estragar neto, dou
muito amor e carinho, mas com limite", ponderou.
Sobre a emoção de ser avó, ela disse que é muito dife-
rente: "quando somos mais novos não enxergamos esse
amor. Pelos netos queremos fazer tudo ainda melhor. Meu
desejo é que quando ela for mais velha fale 'minha avó é
tudo para mim'", contou.
VOVÔ DIVERTIDO
O aposentado Adilson Luiz Rodrigues, 71 anos, tem três
netos e uma bisneta e nutre uma relação especial com
eles. Ele contou que é muito próximo do neto mais velho,
Bruno, de 28 anos, porque sempre quis ter um filho, mas
teve duas filhas.
"Soumuito colado commeu neto. Comele, aproveitava
o fim de semana jogando futebol quando ele era criança e
tambémo levava ao circo e ao parque. Até dei toda aminha
coleção de futebol de botão, que ele gostava muito de jo-
gar e até hoje mantemos uma relação muito próxima, pois
moramos perto", contou.
Com a neta mais velha, Lorena, de 20 anos, ele costu-
ma ir ao cinema e ao circo. Com ela, assistiu a saga Harry
Potter e a levou para conhecer a sobremesa banana split.
"Ser avó é ser pai sem responsabilidade. A gente leva os
louros, pois nosso negócio é divertir, pai e mãe que tem
compromissos", disse.
Os depoimentos comprovam e endossammais um tre-
cho da crônica de Raquel de Queiroz: "... a avó não tem
direitos legais, mais oferece a sedução do romance e do
imprevisto. Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas
não programadas. Leva a passear, 'não ralha nunca'. Deixa
lambuzar de pirulito. Não tem a menor pretensão pedagó-
gica...". Ela estava certa.
Adilson Luiz, que já é bisavô, sempre curtiu a relação com os netos,
especialmente Bruno, porque sempre quis ter um menino
Eliza Rosa melhorou sua saúde ao começar a cuidar dos netos
e se emociona com a relação de amor que tem com eles
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