Obesidade: Prevenir ou Remediar!

A obesidade é o acúmulo excessivo de gordura no corpo e constitui um importante risco para a saúde. O excesso de peso causa doenças limitantes e quando o excesso de gordura se localiza no abdômen predispõe ao aparecimento de doenças crônicas como hipertensão arterial, diabetes tipo 2, apneia do sono, esteatose hepática (fígado gorduroso), alterações nos lipídeos sanguíneos (colesterol e triglicerídeos altos) que aumentam o risco para infartos e acidentes vasculares cerebrais (derrames).

A obesidade também aumenta o risco para vários tipos de câncer, principalmente de mama, cólon (intestino), endométrio (útero) e próstata. Em mulheres a obesidade também é uma causa de infertilidade, por se associar à síndrome dos ovários policísticos. Quando ocorre na gravidez aumenta o risco de abortamento precoce e complicações como diabetes gestacional e eclampsia.

Prevenção

A orientação alimentar e a prática de atividade físicas regular são ferramentas de grande utilidade tanto para promoção de hábitos alimentares saudáveis quanto para a prevenção e o controle do excesso de peso.

Ao prevenir o ganho de peso você evita riscos maiores de muitas doenças crônicas, como doença cardíaca, derrame, diabetes tipo 2, pressão alta, osteoartrite, e alguma formas de câncer.

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos controlados para perda de peso devem ser administrados com cautela e com acompanhamento médico, pois podem trazer alguns prejuízos à saúde, se utilizados indiscriminadamente.

O fato é que enquanto muitos buscam eliminar o sobrepeso por meio de atividade física e reeducação alimentar, que demandam mais tempo e dedicação, outros preferem o caminho que julgam mais rápido: a ingestão de fármacos.

No entanto, é importante ressaltar que cabe exclusivamente ao médico julgar se o paciente pode, além da dieta, tomar algum medicamento com esse objetivo.

Riscos:

1. Dependência química
Se não forem usados com cautela, podem causar dependência e, por isso, um acompanhamento médico se faz necessário. Os pacientes devem ser examinados e avaliados por um especialista, que prescreverá as doses e a frequência ideais.

O problema é que as pessoas abusam dos medicamentos em busca de maiores resultados e se viciam, o que pode trazer sérios riscos para a saúde.

2. Desenvolvimento de tolerância
Um dos riscos de remédio para emagrecer no tratamento da obesidade é o desenvolvimento da tolerância. Apesar dos inibidores de apetite cumprirem o que prometem, ou seja, a perda de peso, o período de consumo não deve ultrapassar os 6 meses de uso.

A administração continuada pode desenvolver no paciente a tolerância ao medicamento, que resulta em ganho de peso ou mesmo na perda de eficácia do fármaco.

3. Uso indiscriminado
É bem comum que algumas pessoas — na espera por resultados incríveis — façam o uso indiscriminado desse tipo de medicamento para tratamento da obesidade. O que deve ficar claro é que a sua ingestão está indicada para indivíduos obesos como um complemento a uma rotina específica, o que inclui um estilo de vida saudável, com reeducação alimentar e a inclusão de atividade física. Além disso, há muitos medicamentos no mercado que não estão registrados na Anvisa, e que podem acabar prejudicando ainda mais a sua saúde.

4. Complacência
Alguns pacientes que começam a tomar medicamentos para emagrecer acreditam que esse tratamento sozinho reduzirá o peso e deixam de lado a busca por um estilo de vida mais saudável. Esse medicamento deve ser acompanhado por uma mudança nos hábitos, o que inclui uma alimentação saudável e exercícios físicos.

5. Efeitos colaterais
Apesar da maioria dos efeitos colaterais serem leves, você deve ficar atento, pois alguns deles incluem aumento da pressão arterial e dos batimentos cardíacos, insônia, dores de cabeça, irritabilidade, prisão de ventre, dor abdominal, entre outros.

6. Desmotivação
A desmotivação pode tomar conta de você, caso comece a fazer uso do medicamento e não veja resultados. Assim, o ideal é que não invista tudo nele e não abandone um estilo de vida saudável.

A manutenção da rotina é essencial, mesmo depois de alcançado o objetivo do emagrecimento.

7. Desencadear ataque cardíaco e derrame
Um dos medicamentos mais utilizados para emagrecimento contém a sibutramina, componente que pode desencadear problemas cardíacos como hipertensão e taquicardia. Por isso, portadores de cardiopatias ou que tenham descontrole da pressão arterial devem, preferencialmente, evitar fazer uso desse remédio ou, se fizerem, deve ser sob supervisão médica.

Procure um médico endocrinologista para controlar a obesidade e sempre que houver dúvidas, consulte um farmacêutico.

Lembre-se que o controle de peso é um esforço para toda a vida.