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Desde o início da circulação do coronavírus no Brasil, médicos, enfermeiras, fisioterapeutas, nutricionistas, recepcionistas e equipes de limpeza se colocaram na linha de frente para cuidar dos acometidos pela doença nos hospitais. Hoje, ao completar pouco mais de um ano de pandemia, a importância dos profissionais da saúde se torna ainda mais relevante.Isso porque até setembro de 2020, 570 mil deles foram contaminados pela Covid-19 nas Américas. Destes, 307 mil são brasileiros, ou seja, aproximadamente 54%, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde.Os mais afetados foram os técnicos e auxiliares de Enfermagem (105 mil casos). No mesmo período, a OMS registrou 2.500 mortes de profissionais da saúde no continente, sendo 289 no Brasil (11,6%).Além disso, o estresse físico impacta a saúde mental. Um a cada seis profissionais da saúde apresentam sintomas da Síndrome de Burnout, segundo artigo de pesquisadores do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino publicado na Journal of the American Medical (JAMA).
Segunda onda da Covid-19 no paísNo cenário atual, é possível constatar, após recordes de novos casos e óbitos causados pelo vírus, que o Estado de São Paulo vive uma de suas piores fases desde o início da pandemia.Enquanto a vacinação ocorre de acordo com a ordem dos grupos prioritários, e não de forma massiva, isolamento social, uso de máscara e higienização das mãos, seja com álcool gel ou com água e sabão, seguem sendo os principais modos de prevenção da Covid-19 e suas variantes.
Atitudes como essas são essenciais para diminuir o contágio, uma vez que não há evidências científicas de tratamento preventivo eficiente para o controle da doença. Arte: Isadora Helena/Unimed COP
Dedicação e bravura a cada atendimentoO médico especialista em terapia intensiva adulto e diretor presidente da Unimed Lins, Artur Eduardo de Carvalho Trida, está atuando na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid-19 desde o início da pandemia. “Vivemos no Brasil uma segunda onda que se comporta como uma nova doença e que faz a primeira parecer uma simples amostra. É preciso compreender que o vírus gosta de aglomeração. Não tem nenhuma preferência social, econômica, racial e, atualmente, mesmo jovens e pessoas sem doenças pregressas são gravemente infectados”, diz o especialista. “Uma vez infectado não há como saber da evolução. Estamos vendo uma variante que é muito mais agressiva causando mortes em curto espaço de dias. Pacientes são entubados com pulmões “duros”. E mesmo em ventiladores de alta precisão não conseguem oferecer espaços para que o ar permeie as vias aéreas ou transfira oxigênio para a corrente sanguínea”, pontua.“Não se pode confundir tratamento preventivo com tratamento precoce. Não existe tratamento preventivo comprovado cientificamente. Existem protocolos preventivos e totalmente necessários para que as pessoas não se infectem, como o uso correto de máscaras, de álcool em gel e de etiquetas respiratórias e distanciamento físico”, elenca o médico.“Lembre-se que ao se contaminar poderá estar selando seu destino ou mesmo de seus familiares, então aja com responsabilidade e discernimento. Não há espaço ou tempo para correr riscos evitáveis. Precisamos agir com o compromisso de nos mantermos vivos e quando isso passar veremos um futuro de reconstrução e otimismo das coisas e dos comportamentos sociais mais consistentes”, afirma.
Com mais de 20 anos de experiência, Dr. Artur Trida atualmente vive o maior desafio de sua jornada profissional. Foto: Arquivo pessoal
Quem também passa por desafios parecidos é a coordenadora de enfermagem (ala Covid) do Hospital Unimed Bauru, Karina Nakamura Gonçalves. Tanto que para suprir a demanda, foi necessário mudar setores e fluxos, determinar barreiras, sinalizar equipes e adquirir mais materiais.“Hoje, após um ano do início deste pesadelo, ainda estamos lá, são pessoas que agregam valor e se empenham para dar conta deste propósito. O trabalho continua árduo, com conquistas, perdas, amizades, amor, cansaço, exaustão, choro, tristeza, alegria e emoção pura”, explica a enfermeira.“Muitas vezes, sabemos que o paciente jamais saberá quem somos, mas por alguns dias ele se sentiu bem cuidado e acolhido. Que sejamos lembrados assim: pelo brilho do olhar. Medo e força andam juntos, mas o orgulho de tudo e de todos com o que está sendo feito até agora é muito grande. Gratidão por estar viva e por encarar o maior desafio da minha carreira!”, frisa.
A enfermeira Karina Gonçalves em ação. Foto: Arquivo pessoal
Aqueles que contraem o vírus em sua configuração mais grave e necessitam de assistência médica especializada podem contar com indivíduos que trabalham incansavelmente para mitigar os sintomas e devolver a qualidade de vida.Um exemplo disso ocorre no Complexo Hospitalar Unimed Botucatu. Lá, todos os pacientes internados, com suspeita ou positivados para Covid-19, desde março de 2020, recebem atendimento fisioterápico prestado por uma equipe com 22 profissionais. Isso tem refletido nos resultados pós alta.“Os colaboradores estão esperançosos. Comemoram a cada pequena melhora e têm orgulho de estar fazendo a diferença. Todos estão atualmente imunizados, mas atuaram corajosamente em todos os momentos, inclusive antes disso”, destaca Gabriel Negretti Guirado, fisioterapeuta coordenador deste time.O Sistema Unimed se solidariza com todas as vítimas da Covid-19 e trabalha incansavelmente para que recuperações e altas se tornem ainda mais frequentes. Juntos podemos vencer a pandemia!
Uma publicação compartilhada por Unimed Centro Oeste Paulista (@unimedcop) em 15 de Nov, 2017 às 1:01 PST
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