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Voltar Higienização das mãos: hábito simples que proporciona benefícios coletivos

Higienização das mãos: hábito simples que proporciona benefícios coletivos

Confira a entrevista com a enfermeira responsável pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, Gabriela Konopatzki.
Texto: Izabel Seehaber
        06 de maio, 2022

Nesta quinta-feira, 05 de maio, é comemorado o Dia Mundial da Higienização das Mãos. Isso mesmo, um hábito e uma orientação que se tornaram ainda mais frequentes durante a pandemia, mas que já era incentivado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) há muito tempo.

A enfermeira responsável pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, atuante do Núcleo de Segurança do Paciente do Hospital Unimed Erechim, Gabriela Konopatzki, salienta que a importância da higienização das mãos já foi percebida ainda no século XIX, com os precursores da Medicina, do controle de infecção, que observaram que algumas doenças acometiam mais e outras menos. “Na busca pelos motivos das doenças e seus agravos, foi descoberta a influência das mãos sujas. Hoje, a higienização é um protocolo que a OMS, a Anvisa e todos os serviços de saúde trabalham muito para reforçar a prevenção e o controle de infecções, inclusive na nossa própria casa”, explica, ao citar que a lavagem e limpeza das mãos, de modo geral, deve ser feita em vários momentos do nosso dia, tanto no ambiente hospitalar, quanto fora, a exemplo do retorno das idas ao mercado, farmácia, locais onde há manipulação de alimentos e onde há grande circulação de pessoas.

Cuidados no hospital

Segundo Gabriela, no ambiente hospitalar é promovido um processo de conscientização dos profissionais, dos visitantes e acompanhantes. “Vale ressaltar que a visita ao paciente internado faz muito bem, mas precisa haver um controle de tudo que acessa o hospital. Por isso, quando falamos sobre a lavagem das mãos e utilização do álcool em gel, reforçamos esse controle, afinal, os microrganismos são invisíveis e podem levar a uma infecção, por exemplo. Na Unimed criamos e seguimos diversos protocolos, disponibilizamos álcool em gel, lavatórios e insumos. Assim tornaremos a higienização das mãos, um verdadeiro hábito”, ressalta.

Atenção aos adereços

Um aspecto que merece cuidado refere-se aos brincos, anéis, gargantilhas e pulseiras. Isso porque os adereços podem acumular algum germe ou bactéria, e é preciso retirá-los para fazer a higienização. “Assim, conseguimos atingir os chamados ‘pontos críticos’ das mãos (locais onde costumamos esquecer ou não atingimos) que são, por exemplo, as pontas dos dedos, a parte lateral e a região próxima do pulso”, pontua a enfermeira que atua na Unimed Erechim.

Principais falhas

Quando o assunto são os erros comuns durante a higienização, vale frisar que eles normalmente estão atrelados ao tempo dedicado ao processo. De acordo com Gabriela, uma higienização correta das mãos, tanto a lavagem com sabão ou a administração de álcool gel ou outra solução antisséptica, necessita de 40 a 60 segundos. “Na pressa do dia a dia costumamos pular algumas etapas. No entanto, é válido redobrar o cuidado para não carregarmos e levarmos os germes para nossa casa, por exemplo. Nós que atuamos no ambiente hospitalar, precisamos priorizar sempre a segurança dos pacientes, médicos e de todos os profissionais”, enfatiza.

Resgate do bom hábito

Com a pandemia, a higienização das mãos, principalmente com álcool em gel, se tornou um hábito. Contudo, alguns estudos recentes apontam que a sociedade já está retornando a alguns costumes do período pré-pandemia e esquecendo, por vezes, de higienizar as mãos. “Porém, esse é um assunto que só se tornará um costume por meio da educação continuada, tanto em escolas, no trabalho e em todos os espaços, como um cuidado coletivo”, enaltece a enfermeira.

Compromisso com a segurança e bem-estar

No Hospital Unimed Erechim há várias comissões que estão à frente da segurança do paciente e do controle de infecções. Nesta quinta-feira serão promovidas atividades lúdicas para chamar a atenção do público para esse cuidado. As equipes irão mostrar, com lâminas de microscópio, como alguns pontos, a exemplo do banheiro, pode ter inúmeros microrganismos e vale a atenção. O foco é estimular o hábito da higienização das mãos que pode proteger toda a família.

O trabalho, contudo, não fica restrito a essa data especial, mas prossegue durante todo o ano. Os colaboradores, dos diferentes setores, também participam de capacitações, tendo em vista o envolvimento de todo o grupo nesse processo de segurança e cuidado junto com os pacientes.

Foto: Izabel Seehaber