Doenças respiratórias sazonais voltam a circular com a chegada do outono

Nova estação tem início na próxima quarta-feira (20)
        18 de março, 2024
Periodicamente entre os meses de março a junho há um aumento de atendimento nos prontos-socorros pediátricos. Isso se deve à chegada do outono que, ao apresentar um ar mais seco e frio propicia a maior circulação de vírus respiratórios, causando infecções das vias aéreas como as gripes e os resfriados, pneumonias e bronquiolites. E, desde 2020, com o início da pandemia de covid-19, existe a infecção respiratória causada pelo SARS-Cov-2, embora a sazonalidade deste vírus ainda não esteja bem estabelecida.
 
O Infectologista Pediátrico da Unimed Petrópolis e Professor do Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina de Petrópolis, Samuel Kierszenbaum, explica que o aumento de casos de doenças respiratórias está relacionado com a chegada das estações mais frias. “Há uma possibilidade de aumento porque as pessoas ficam em ambientes fechados, então pode haver a contaminação. Por isso devemos nos proteger, lavar as mãos, usar álcool em gel e evitar aglomerações. Isso é muito importante!”, aponta o infectologista.
 
O especialista explica que nem sempre há necessidade de correr para a urgência do hospital se os sintomas forem leves. Na maioria das vezes, os casos têm uma rápida melhora após o uso de medicação. “A Unimed Petrópolis conta com o Pronto Atendimento Virtual, que oferece atendimento de pediatras e clínicos gerais por telemedicina. Em sintomas respiratórios leves é a melhor opção para atendimento”, avalia.
 
Mas, Dr. Samuel reforça: “caso não se estabilize nesse período ou a criança apresente: falta de ar e cansaço; dificuldade ao respirar: esforço maior no pescoço e na barriga; prostração /inatividade ou frequência respiratória aumentada na ausência de febre (respiração rápida), os pais devem procurar um especialista ou a emergência do hospital”, disse.
 
O infectologista dá algumas dicas que podem ajudar na prevenção das doenças respiratórias e até mesmo contribuir com sintomas mais leves, caso a criança se contamine:
 
  • Sempre acompanhar o prazo para vacinas de acordo com a carteira de vacinação em todas as idades até a adolescência.
  • Higienizar as mãos com frequência e evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies;
  • Manter os ambientes ventilados e procurar fazer mais atividades ao ar livre;
  • Evitar aglomerações e ambientes fechados, principalmente com crianças pequenas ou com fatores de risco para complicação;
  • Seguir as orientações das autoridades de saúde em relação ao uso de máscaras em ambientes fechados, como em transporte coletivo, salas de aula ou outros ambientes com muitas pessoas.
  • Não enviar para a escola, creche ou berçário crianças com sintomas respiratórios de provável causa infecciosa.
  • Não esquecer de seguir o calendário vacinal em todas as idades e participar das campanhas de vacinação recorrentes.