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Voltar Angelo Guido – um século de arte
O ano de 2025 assinala um marco significativo para a história da arte e da cultura do Rio Grande do Sul: o centenário da primeira vinda do pintor e crítico de arte Angelo Guido (1893-1969) ao estado. A Casa da Memória Unimed Federação/RS celebra o fato apresentando a exposição "Angelo Guido – um século de arte no Rio Grande do Sul", que rememora a sua trajetória, com curadoria de José Francisco Alves e Marco Aurélio Biermann Pinto.
A mostra estará em cartaz de 16 de maio a 7 de agosto, com a exposição de mais de 40 obras, originárias de diversas coleções públicas e particulares, além de documentos e livros escritos e com textos de referência de Angelo Guido.
Há 100 anos
Em setembro de 1925, Porto Alegre testemunhou a chegada de Angelo Guido, que aqui realizou dois eventos de relevância para o cenário cultural local. Na Casa Jamardo, o público teve a oportunidade de apreciar sua produção pictórica, enquanto no Clube Jocotó, compartilhou reflexões sobre a arte moderna. Em março daquele mesmo ano, ambos os eventos já haviam sido apresentados com sucesso em Fortaleza, no Ceará, validando um artista que desde 1924 percorria o nordeste e o norte do país divulgando a sua obra e o seu pensar sobre as novas correntes artísticas.
A recepção da exposição em Porto Alegre foi notavelmente positiva. O jornal A Federação não hesitou em considerá-la um dos maiores êxitos alcançados por um pintor na capital gaúcha, um reconhecimento coroado pela venda de dezessete obras. Este sucesso inicial certamente plantou as sementes para uma ligação duradoura com o Rio Grande do Sul.
Três anos depois, em 1928, Guido consolidou sua presença no estado ao transferir sua residência de Santos, São Paulo, para Porto Alegre. Aqui, fincou raízes e desenvolveu uma exitosa carreira até o seu falecimento em 9 de dezembro de 1969, em Pelotas. Sua atuação transcendeu os limites da pintura, abrangendo o jornalismo, a crítica de arte, a historiografia e a docência. Compartilhou seu conhecimento e paixão pela arte no Instituto de Belas Artes e nas faculdades de Arquitetura e Filosofia, moldando gerações de alunos.
Nascido Guido Alessandro Gnocchi a 10 de outubro de 1893, em Duemiglia, um território italiano que seria definitivamente anexado a Cremona em 1920, Angelo Guido (pseudônimo adotado em 1919) chegou ao Brasil em 1895. Sua identificação com o país se concretizou em 1934, quando obteve a naturalização brasileira. Casou-se com duas brasileiras: Elsa Lustosa da Silva, em São Paulo em 1915, e, após ficar viúvo em 1937, com Virginia Viana da Silva, em Porto Alegre em 1939. De seu casamento com Elsa nasceu sua única filha, Amalia, em 1916, que curiosamente compartilhava com o pai os mesmos dia e mês de aniversário.
O centenário da primeira vinda de Angelo Guido ao Rio Grande do Sul não é apenas uma data comemorativa, mas uma oportunidade para revisitar e valorizar o legado de um artista que contribuiu significativamente para o desenvolvimento cultural do estado. Sua passagem por Porto Alegre em 1925 marcou o início de uma trajetória rica e multifacetada, que o consagrou como uma figura essencial na história da arte e do pensamento sul-rio-grandense. A celebração deste centenário pela Casa da Memória é um justo reconhecimento à sua memória e à sua indelével marca em nossa cultura.
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