Revista Conexão | Edição 13 - page 7

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Unimed Federação Minas
Na prática, isso significa vincular o
paciente a um médico, que faz parte de
uma equipe multidisciplinar, com a mis-
são de gerenciar o cuidado com esse indi-
víduo. "O paciente é atendido como um
todo, não apenas quando está doente.
É a integração da atenção assistencial
com a promoção da saúde", explica Paulo
Borém, coordenador do Centro de Quali-
dade da Unimed do Brasil.
O incentivo à prevenção e à adoção
de hábitos de vida saudáveis também é
um importante pilar de atuação da aten-
ção primária, pois trabalha a conscienti-
zação dos beneficiários e, assim, aumenta
as chances de desfrutarem de uma ve-
lhice com mais qualidade.
Outra mudança significativa está rela-
cionada à remuneração dos profissionais.
"Como o médico passa a ser responsável
pela saúde do paciente de forma integral e
constante, ele deixa de ser remunerado por
procedimento e começa a receber umvalor
fixo mensal para cuidar de uma determi-
nada população", detalha Paulo Borém.
As experiências das cooperativas do
Sistema Unimed que já implantaram ini-
ciativas nesta linha mostram resultados
animadores. "Na Unimed Guarulhos, em
menos de seis meses, conseguimos fazer
com que 30% dos beneficiários portado-
res de diabetes tivessem, periodicamente,
o que chamamos de cuidado perfeito no
controle da doença, que é a realização de
exames em várias partes do corpo, como
pés, olhos e boca. São medidas básicas,
mas que evitam complicações, interna-
ções e outros gastos que oneram o sis-
tema", exemplifica Paulo Borém.
Outras experiências bem-sucedidas
também já acontecem nas cooperativas
médicas de Belo Horizonte (MG); Vitória e
Sul-capixaba, no Espírito Santo; Jaboticabal,
Americana, Campinas e Itapetininga, em
SãoPaulo; e Chapecó (SC), comretornos ex-
tremamente positivos para os pacientes.
Eles têm, ainda, acesso a um portal
eletrônico, que disponibiliza o prontuário,
por meio do qual podem fazer contato
com os profissionais em caso de dúvidas.
"O primeiro aspecto que mudou foi o
acesso. Quando o beneficiário precisa de
atendimento, consegue a consulta para o
mesmo dia e, no caso de especialistas, a
espera máxima é de sete dias. O paciente
percebe uma maior proximidade com a
equipe médica, pois, se não comparece a
uma consulta, nós entramos em contato",
avalia o coordenador. "A Unimed do Brasil,
por meio da área de Qualidade e Segu-
rança do Paciente, oferece auxílio às coo-
peradas no processo de elaboração e
implantação do modelo", finaliza.
Diante das mudanças demográficas, o modelo de atenção
primária à saúde mostra-se uma alternativa
para a sustentabilidade do setor
DO PRIMÁRIO
está no
O índice de envelhecimento de uma população mostra a proporção entre pes-
soas com mais de 65 anos em relação às com menos de 15 anos. No gráfico, pode-
mos observar uma projeção futura, considerando-se apenas os beneficiários
individuais e coletivos da saúde suplementar no Brasil.
Quando o índice de envelhecimento for igual a 100, o que acontecerá por volta de
2020, significa que a população acima de 65 anos será do mesmo tamanho daquela
abaixo de 15 anos. A partir de 2020, a perspectiva é de que o índice aumente de forma
acelerada. Em 2050, projeta-se que a população acima de 65 anos, usuária de planos
individuais, será três vezes maior que o número de beneficiários abaixo dos 15.
CENÁRIO DA SAÚDE SUPLEMENTAR
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