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Unimed Federação Minas

Vanda Sampaio

Jornalista, repórter especial do Jornal Nacional da Band

“A judicialização é um grande problema para o sistema

de saúde, pois cria dois níveis. Aqueles do andar de

cima, que têm acesso à justiça e quase tudo que neces-

sitam, e os do andar de baixo, que é onde está o resto

da população majoritariamente carente de recursos

sociais, educacionais e econômicos. Nenhum sistema

de saúde no mundo consegue dar tudo a todos. A

grande maioria dos processos no Brasil é baseada em

um direito irrestrito, o que tem prejudicado a gestão

pública. Cria um sistema ineficaz, pois se gasta com

tratamentos cuja evidência científica não é sólida e

sem nenhuma consideração de custo e efetividade,

capacidade orçamentária do estado e as prioridades

de saúde da população. Precisamos mudar a interpre-

tação desse direito e melhorar as evidências científicas

para que as decisões considerem mais as razões

técnicas e de políticas públicas do país”.

Daniel Wang

Pesquisador do projeto “A legitimidade do direito à

saúde”, da Harvard Law School e Michelsen Institute

da Bergen University (Noruega). Pós-doutorando na

London School of Economics and Political Science

“Quando divulgamos uma situação em que o paciente

encontra-se no hospital em condições precárias a

espera de tratamento incomodamos e estimulamos

rapidamente a mudança. As operadoras precisam

aprender a vender a notícia para a imprensa.

Esse vender é fornecer informações aprofundadas,

com números , explicando projetos bem

sucedidos e programas de promoção da saúde

que melhoraram a vida das pessoas. Pois, se

checarmos e formos conferir sem aviso prévio,

e aquilo não for muito embasado, será pior para

todos os envolvidos, pois o caso se tornará publico”.

Tomich Produções Artísticas/Gláucia Rodrigues

Tomich Produções Artísticas

Divulgação CNU

“O momento é de prevenção. A expectativa e

a qualidade de vida aumentaram. Seguiu-se o progresso.

Melhores condições de higiene e saneamento, mais

recursos para a produção e a conservação de alimentos,

além do desenvolvimento de novas ferramentas. Tudo

isso tem contribuído para que os esforços agora sejam

outros: precisamos buscar a prevenção na promoção

da saúde. Somos agentes facilitadores, precisamos

garantir mais acesso à informação e impulsionar

a conscientização”.

Mohamad Akl