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Unimed Federação Minas

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OUTRO

A baixa autoestima pode

prejudicar o convívio

social e, por isso, deve

ser cuidada e tratada

do que poderia ser, não se arrisca em de-

safios e tem de ficar limitado àquilo que é

mais cômodo, commedo do fracasso”, es-

clarece o psicólogo Leonardo Vasconce-

los, da Unimed de Juiz de Fora. “A baixa

autoestima faz com que a pessoa evite si-

tuações de conflitos, optando por não en-

frentar determinada situação.”

Sempre em alerta

Quando um sentimento é recorrente

e começa a gerar um problema na vida da

pessoa, é preciso ficar alerta. A baixa au-

toestima pode colaborar no desenvolvi-

mento de consequências clínicas, como

ansiedade e depressão. Mais do que isso:

pode interferir no convívio em sociedade,

no crescimento profissional e na relação

com amigos ou companheiros.

“Indivíduos com esse sentimento

têm uma visão negativa de si mesmo e de

suas relações sociais, afetivas, do traba-

lho e atividades em geral”, explica Marco

Túlio Aquino. Com isso, a pessoa vai se

sentindo isolada, mais ansiosa e com

medo de lidar com algo que ela não pode

– na visão dela – fazer.

Indivíduos deprimidos dão maior am-

plitude aos problemas, e isso acontece

devido a dois elementos básicos: a tríade

negativa e as distorções cognitivas. A pri-

meira consiste na tendência de a pessoa

ver-se como inadequada ou inapta e ter

uma visão negativa do mundo, sem espe-

rança que a realidade possa melhorar.

“Quando ela se acha desinteressante,

pensa que ninguém gosta do trabalho

dela, que nunca será feliz”, exemplifica o

psiquiatra. Ele ressalta que essas inter-

pretações podem resultar em compor-

tamentos depressivos. O segundo ele-

mento trata de sentimentos adquiridos

no decorrer da vida, associados a expe-

riências, aprendizados, observações e

avaliações da pessoa sobre si mesma e

sobre o mundo a sua volta.

Como tratar?

Ao questionar os especialistas a res-

peito da melhor forma de tratamento

para casos de baixa autoestima, todos

são unânimes em responder que a psico-

terapia é a melhor opção. “É uma ótima

forma de uma pessoa trabalhar suas difi-

culdades e descobrir os motivos que re-

sultaram a baixa autoestima. A única

diferença é a linha de trabalho que o te-

rapeuta vai utilizar - psicanalista, cogni-

tiva, comportamental e sistêmica”, co-

menta Marília Morais.

Marco Túlio de Aquino reforça que os

procedimentos psicoterápicos permitem

que o indivíduo reconheça e entenda a ori-

gemdo problema. “Ele terá a oportunidade

de trabalhar mudanças empadrões cogni-

tivos adquiridos no decorrer da vida e que

estejam associados às experiências e

aprendizados. Uma das características

mais significativas da autoestima saudá-

vel é o fato de a pessoa reagir positiva-

mente às oportunidades da vida, seja ela

no trabalho, no amor ou no lazer”, relata.

Arquivo pessoal

A baixa autoestima limita a pessoa, fazendo com

que ela evite se arriscar em novos projetos e locais,

esclarece o psicólogo Leonardo Vasconcelos

Para a psiquiatra Marília, o modo como

a pessoa se vê é moldado por círculos

sociais, como família e amigos

Maria Tereza Correia