Revista Ampla Edição 33 | Unimed Paraná - page 15

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Estudos indicam que a impressão que causa-
mos é processada nos primeiros sete segundos
em que somos apresentados a alguém. Nesses
poucos segundos, o interlocutor faz diversas
suposições a nosso respeito, que vão desde es-
tado civil até a probabilidade de sucesso. Outro
fato interessante, comprovado por pesquisas,
é que em 67% das vezes a primeira impressão
percebida está correta.
É o que explica Claudia Ritossa, especialista
emMarketing Empresarial e doutora em Admi-
nistração pela Universidade Federal do Paraná
(UFPR). Segundo ela, essa sensação é constituí-
da por dois grupos de fatores: não-controláveis
e controláveis. O primeiro grupo é formado pela
nossa idade, gênero e cor da pele, aspectos que
são determinados em nosso nascimento e não
podemos alterá-los. Por outro lado, o segundo
grupo contém aspectos que podem ser con-
Uma
marca pessoal
duradoura deve,
necessariamente, estar
sustentada
em
reais
qualificações
e competências,
em
aspirações
e paixões, em
fatos
concretos
, e não na
demonstração
daquilo que não somos
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a m p l a
trolados e aprimorados: são os quesitos que
compreendem a aparência física, as expressões
faciais, o contato visual, o movimento corporal e
o uso que fazemos do espaço ao nosso redor.
É com base nesses e outros fatores que
se conclui, por exemplo, que o cardiologista
fumante, o nutrólogo gordo ou o dermatologista
com pele não cuidada, devem aplicar um esforço
muito maior em outros aspectos para compen-
sar deficiências de imagem. "Da mesma forma,
um profissional que causa uma ótima primeira
impressão pode perdê-la, caso, no decorrer
da consulta, a anamnese não corresponda ao
esperado ou se utilize de palavras técnicas não
condizentes com a situação", ressalta.
Além da aparência
A imagem exerce uma
grande influência no processo de comunicação
interpessoal, pois as sociedades possuem re-
gras, valores e padrões que regem os grupos so-
ciais e fazem com que as pessoas sejam aceitas
ou não. "Espera-se, dessa forma, que a imagem
do médico transpareça competência e seriedade,
utilizando trajes, corte de cabelo e acessórios
adequados à profissão", orienta Claudia.
Ainda segundo a especialista, a comunicação
é inerente à prática médica. O entendimento
da mensagem depende de questões cognitivas
e emocionais das duas partes envolvidas num
diálogo, processo considerado complexo. De
maneira abrangente, a comunicação ocorre por
meio de três aspectos: verbal, não-verbal e pela
influência da imagem.
"Se estivermos numa conversa frente a
frente, como é o caso do médico-paciente, os
movimentos da comunicação não-verbal respon-
dem por 65% do impacto e as palavras por 35%. O
corpo fala", destaca a especialista.
Confiança
Sem diminuir a importância da
imagem, ninguém consegue uma boa reputação
apenas por ser o médico mais bonito ou o mais
elegante de uma especialidade, garante Claudia.
Segundo ela, a 'embalagem' e o conteúdo devem
estar em harmonia para que reflitam as aspirações
pessoais ao mesmo tempo em que atendam as
expectativas do interlocutor.
A profissional lembra, ainda, que o exercício da
Medicina oferece uma ferramenta extremamente
eficaz que ajuda na construção da relação médico-
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