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Monkeypox: sintomas, transmissão e prevenção

        15 de setembro, 2022

Descrita pela primeira vez em 1958, a monkeypox surgiu em um surto que acometeu macacos de laboratório. Os animais, que não são os transmissores do vírus, foram os primeiros identificados com a doença, por isso ela recebeu o nome de monkeypox. Os casos em humanos só apareceram alguns anos mais tarde, em 1970, na África.

Em 2022, a doença reapareceu em um novo surto que já contabiliza mais de 50 mil casos no mundo, sendo quase 5 mil apenas no Brasil. O país é o terceiro no ranking de casos de monkeypox, ficando abaixo dos Estados Unidos e da Espanha, segundo dados atualizados pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC). Apesar disso, a mortalidade da doença segue baixa e somente um óbito foi registrado no Brasil até o momento.

Sintomas e transmissão
Inicialmente costuma existir um período prodrômico, em que são manifestados sintomas como febre, mialgia e fadiga. Após esses primeiros sinais, surge o chamado “rash”, uma mancha avermelhada e elevada que, com o tempo, evolui para uma vesícula.

"É uma doença muito transmissível por contato. O contato com a lesão ou com a casca da lesão é fundamental para a transmissão e onde você encostou é onde também normalmente vão surgir as primeiras vesículas. E depois elas podem se espalhar pelo resto do corpo", esclarece a infectologista, Gladys Prado. Cerca de duas semanas depois, as lesões cicatrizam e as crostas caem.

Contudo, em alguns casos o paciente não sente sintoma algum antes de notar o rash. "Temos observado que esse rash, o vermelho, muitas vezes é o primeiro sintoma. E como o surto tem sido transmitido principalmente via sexual, esse rash tem aparecido frequentemente em genitais e no reto", complementa.

Embora a transmissão, neste momento, seja majoritariamente via sexual, a monkeypox não é considerada uma infecção sexualmente transmissível (IST). Entretanto, tem havido cerca de 25% de concomitância com IST.

Diagnóstico e tratamento

Para o diagnóstico da monkeypox, é fundamental fazer a identificação da epidemiologia, não apenas verificar a aparência da lesão. Após o diagnóstico confirmado de monkeypox, deve-se iniciar o tratamento; no Brasil, tem sido feito com sintomáticos. 

Nos Estados Unidos, tem sido utilizado o medicamento Tecovirimat, disponibilizado inicialmente para o tratamento de varíola, mas que tem tido efeito para a monkeypox por reduzir a mortalidade e tempo de duração da doença. O medicamento ainda não está disponível no Brasil, mas a compra já está prevista pelo Ministério da Saúde.

Como se prevenir
Como, no momento, a epidemiologia da monkeypox está fortemente relacionada à prática de sexo sem proteção, a melhor forma de prevenir o contágio é ter relações sexuais protegidas.

Além disso, é importante evitar o contato com pessoas que apresentem sintomas suspeitos de monkeypox. Cuide-se!


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