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Autismo e a Transição da Adolescência à Fase Adulta

Entenda por que o aumento dos casos de autismo tem gerado atenção global e descubra a importância do diagnóstico precoce e do acompanhamento na transição para a vida adulta.
        24 de abril, 2025

O aumento dos casos e a importância do olhar precoce
 

O crescimento dos casos de autismo no mundo tem chamado atenção e impulsionando estudiosos e profissionais a buscarem mais capacitação. Essa realidade leva ao desenvolvimento de estratégias e práticas voltadas para intervenções precoces com crianças, adolescentes e jovens adultos. 

A infância é uma fase decisiva, e quanto mais cedo as intervenções começarem, melhores serão os resultados na transição para a adolescência, período marcado por intensas mudanças físicas e psicológicas.
 

Diagnóstico ainda na adolescência: uma fase desafiadora

Para pessoas com autismo, a adolescência tende a ser mais prolongada. É comum que adultos autistas mantenham interesses considerados "infantis" para a sua faixa etária, como desenhos animados ou um foco intenso em jogos infantis. 

Essas diferenças em relação aos seus pares neurotípicos muitas vezes levam ao bullying e ao preconceito, tornando essa fase ainda mais desafiadora. Isso se agrava pela dificuldade que muitos autistas enfrentam ao lidar com situações sociais de maneira direta, ao contrário dos neurotípicos.

Além disso, dificuldades na comunicação e nas interações sociais diretas são comuns, tornando o ambiente escolar, as amizades e até o convívio familiar mais delicados.

Fonte: Freepik

Além dos desafios sociais, o adolescente com autismo também enfrenta:

  • O despertar da sexualidade: Durante a adolescência, é natural o surgimento de impulsos e interesses sexuais. No caso de jovens com autismo, a falta de filtros sociais, dificuldades em entender limites ou regras, e o desconhecimento sobre o próprio corpo podem resultar em condutas inadequadas em locais públicos e dificuldade em compreender normas sociais relacionadas ao toque e à privacidade;
     
  • Mudanças hormonais: As alterações hormonais típicas da puberdade podem intensificar crises sensoriais e emocionais. Além disso, muitos adolescentes com TEA enfrentam dificuldades com higiene pessoal, aceitação de novos cheiros, texturas e sensações no corpo e rotinas de cuidado que exigem autonomia.

Fonte: Freepik

Caminhos para a independência na vida adulta

 

Com o passar do tempo, a busca pela independência social e profissional torna-se uma preocupação tanto para a família quanto para o adulto com autismo, que deseja encontrar seu lugar e sentir-se pertencente. A preocupação com o futuro é real: onde essa pessoa irá trabalhar? Como será sua vida afetiva? Ela conseguirá morar sozinha?

A psicóloga Solange Carvalho, do AURA, reforça:
“Por meio de intervenções terapêuticas, essa transição da adolescência para a vida adulta pode ser menos conturbada. O acompanhamento profissional é essencial, mesmo quando o adulto autista desenvolve as habilidades esperadas para a sua faixa etária, já que o autismo é uma condição que o acompanhará por toda a vida.”


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