Você sabe o que é TEA? - Unimed Grande Florianópolis

Você Sabia?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), popularmente conhecido como Autismo, é uma condição neuropsiquiátrica caracterizada por padrões atípicos de desenvolvimento na comunicação, interação social e comportamento, abrangendo uma ampla variedade de desafios e habilidades.

Indivíduos com TEA podem apresentar interesses restritos e comportamentos repetitivos, além de dificuldades na compreensão das nuances sociais. Identificar sinais precoces permite o início imediato de intervenções personalizadas, maximizando o potencial de cada indivíduo.
De acordo com o Ministério da Saúde, a suspeita inicial do Transtorno do Espectro Autista normalmente é feita ainda na infância, por meio da Atenção Primária à Saúde (APS), durante as consultas para o acompanhamento do desenvolvimento infantil.

A identificação de traços do espectro autista é realizada a partir das observações da criança, entrevistas com a família e aplicação de métodos de monitoramento do desenvolvimento infantil. O diagnóstico precoce proporciona apoio às famílias, capacitando-as a compreender as necessidades específicas do seu filho e a buscar recursos e suporte adequados. 

Por meio de avanços na medicina, farmacologia, ciências sociais e, especialmente, com o auxílio da tecnologia, os estudos baseados em análises e evidências têm proporcionado um entendimento mais aprofundado sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Atualmente, conseguimos obter informações mais precisas sobre esse transtorno, que tem visto um aumento significativo no número de diagnósticos. Ao longo dessas pesquisas, algumas certezas foram conquistadas, sendo uma delas a compreensão de que o Autismo não é uma doença, mas sim um transtorno.
Nos últimos anos, observou-se um aumento exponencial da prevalência de pessoas com Transtorno do Espectro Autista. Dados recentes do CDC (Centro de Controle de Doenças e Prevenção dos EUA) identificaram que a proporção de crianças aos 8 anos de idade diagnosticada com TEA se encontrava em 1 em cada 36 no ano de 2020, segundo um relatório de 2023.

Numa transposição dessa prevalência para o Brasil, seria estimado 5,88 milhões de pessoas com TEA no mesmo ano de pesquisa (2020). No Brasil, não há estudos ou monitoramento do número de pessoas com TEA. Dessa forma, utiliza-se a prevalência do CDC e calcula-se a estimativa de acordo com a população do país.

Considerando que o TEA tem causas multifatoriais envolvendo aspectos genéticos e ambientais da população, a estimativa não retrata a realidade brasileira. No entanto, pode-se citar algumas iniciativas dentro dessa perspectiva, como o Censo Escolar da Educação Básica (2019), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que identificou o aumento de cerca de 37% entre 2017 e 2018 no número de alunos com TEA matriculados em classes comuns no país (Norma Técnica nº 21/2022 – NEAE/NEAPRI/GEPORAS/SSAS/SESA-ES).

Embora o TEA seja uma condição que perdura ao longo da vida, a existência de tratamentos terapêuticos eficazes e adequados permite que o indivíduo alcance um desenvolvimento saudável, minimizando os traços ao longo de sua trajetória. Com o apoio apropriado da família, escola e profissionais da saúde, muitos indivíduos conseguem levar suas vidas plenas e produtivas.

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