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Saiba como evitar a intoxicação alimentar no verão

Calor excessivo do verão favorece a proliferação de bactérias e fungos que aumentam os riscos de contaminação. Complicações podem levar à desidratação, infecção grave generalizada (sepse) e disfunção renal.
Texto: Unimed Vitória
        03 de janeiro, 2023
A intoxicação alimentar é causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias, a exemplo da salmonella, além de vírus, fungos e composições tóxicas encontradas em alguns vegetais e produtos químicos.  
 
O risco de contaminação ocorre durante a manipulação, preparo, conservação e armazenamento dos alimentos, sendo mais frequente no verão, já que o calor favorece a proliferação de bactérias e fungos que aceleram a decomposição dos alimentos.  

 
Jakeliny Vieira, médica gastroenterologista Unimed Vitória

A gastroenterologista da Unimed Vitória Jakeliny Vieira explica que a maior parte dos casos de intoxicação alimentar apresenta sintomas relacionados ao trato digestivo como náuseas, vômitos e diarreia. “Para a maioria dos pacientes, o agente causador não pode ser distinguido de forma confiável com base apenas na apresentação clínica. As causas da diarreia infecciosa variam de região para região, de ambientes rurais a urbanos e dependem, também, de comorbidades como HIV e outras condições que causam um comprometimento do sistema imunológico. As bactérias são causadoras mais prováveis em casos de diarreia grave ou sanguinolenta. O diagnóstico, na maioria das vezes, é clínico”.    
 
“O auxílio médico deve ser procurado se o quadro de diarreia durar mais de 7 dias, se houver febre e sangue nas fezes, além de vômitos exagerados em que não seja possível fazer o controle em casa. Complicações dos sintomas levam à desidratação, infecção grave generalizada (sepse) e disfunção renal”, alerta Jakeliny.  
 

Prevenção 
 
A prevenção das intoxicações alimentares depende de medidas de controle que envolvem, além da armazenagem e distribuição dos alimentos, as condições de vida, higiene e educação da população. Outras práticas que podem evitar a intoxicação incluem:  
  
- Lavar bem as mãos após ir ao banheiro e antes de entrar em contato com alimentos;  
 
- Evitar o consumo de carne crua ou mal passada;  
 
- Higienizar corretamente hortaliças e verduras com água e ficar atento se há sujeira nos produtos que serão preparados e ingeridos;  
 
- No mercado, não comprar itens que estejam com as embalagens amassadas ou danificadas de alguma forma (se algum produto enlatado ou envasado estiver em mal estado, pode ser que todo o conteúdo esteja contaminado);  
 
- No uso de alimentos em conserva, é importante observar bem pelo vidro e verificar se estão em bom estado;  
 
- Não ingerir bebidas diretamente de garrafas e latas, como refrigerantes, sucos ou cervejas. 
 

Tratamento  
 
O tratamento tem o objetivo de ajudar o paciente a enfrentar, da melhor forma possível, os sintomas da intoxicação até que o mal-estar acabe. Segundo Jakeliny, como o maior risco é a desidratação, é preciso manter uma dieta leve, evitar gordura em excesso, evitar alimentos ácidos ou cítricos e ingerir bastante líquido (água, sucos, água de coco e soro caseiro, por exemplo).