Revista VIva - Diversidade/18 - page 21

REVISTA VIVA
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GRANDES EMPRESAS E BONS EXEMPLOS
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Após discussão iniciada pelos funcionários, o
Banco do Brasil
liberou não só a inclusão de parceiros do
mesmo sexo nos benefícios, em 2003, como também ofereceu, a partir de 2009, licença de 30 dias para
adoção de crianças de até 8 anos de idade para pais solteiros e homossexuais. Desde 2006, vale ainda
o direito de afastamento para acompanhar parceiros do mesmo sexo enfermos.
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Na
Petrobras
, a inclusão é entendida como vantagem competitiva. Desde 2007, a empresa reconhece
o direito de inclusão de parceiros do mesmo sexo nos benefícios. No seu código de ética, consolidado
em 2006, prega também o combate a qualquer tipo de descriminação.
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Os
Correios
também caminham na mesma direção dos bancos e da Petrobras. Em 2011, a empresa
aderiu ao Programa Pró-Equidade de Gênero e Raça, da Secretaria de Políticas para as Mulheres da
Presidência da República. No mesmo ano, promoveu o 1º Fórum dos Direitos Humanos e da Igualdade
de Gênero e Raça. Os Correios afirmam aceitar a inclusão de companheiros do mesmo sexo como
beneficiário nos planos de saúde e de previdência privada.
Fonte: pesquisaViva
Ela revela que não se sente diferente no seu
ambiente de trabalho, já que todos a tratam
muito bem. Para Jéssica, essa postura atual das
empresas abre um leque de oportunidade aos
homossexuais, já que muitos têm dificuldades
de encontrar oportunidades no mercado em
função do preconceito de algumas empresas.
"É mais oportunidade na vida profissional, afi-
nal ser homossexual ou não, não influencia o
caráter de ninguém."
COMPORTAMENTO
Segundo o psiquiatra Fausto Amarante, co-
operado Unimed Vitória, a melhor forma do
homossexual se comportar no ambiente corpo-
rativo sem ter receio ao preconceito de colegas
é ser umprofissional de verdade, comum, como
qualquer outro da empresa. "É só agir com in-
tegridade, elegância e sem exageros", frisou.
Amarante explica que para que a homos-
sexualidade seja tratada de forma natural nas
empresas, os trabalhos de relações humanas
destas organizações devem ter o tema incluído como todos
os demais, como religião, política, cor, gostomusical, espor-
tivo, e não ser tratado como algo diferente.
"Me preocupa muito 'políticas' específicas para cada
coisa, inclusive sexualidade, pois só aumenta a exposição
do que se caracteriza como 'diferença'", frisou o psiquiatra,
que completou: "Dar o exemplo tratando com normalida-
de, como tratamos qualquer ser humano. Sem distinção.
Esta é a melhor conduta que se pode ter no ambiente
corporativo."
Portanto, é importante que o homossexual se sinta in-
cluído em todos os sentidos no dia a dia da empresa. Isso
significa não só incluir o parceiro nos benefícios da empresa,
mas também se sentir à vontade para conversar comos co-
legas sobre seu fimde semana ou suas férias, sem esconder
a pessoa que o acompanha nessesmomentos e tambémnão
ter problema em convidar o parceiro para curtir um happy
hour com os colegas de trabalhos.
Jéssica Trarbach
elogiou a forma
como é tratada
em seu ambiente
de trabalho
Para Fausto
Amarante a
homossexualidade
deve ser tratada
de forma natural
nas empresas
fotos
José Alberto Jr.
foto
Divulgação
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