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Voltar "Fevereiro Roxo: Conscientização e Cuidado para Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)"

"Fevereiro Roxo: Conscientização e Cuidado para Alzheimer, Fibromialgia e Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)"

        10 de fevereiro, 2025

​​​​​​​O Fevereiro Roxo é uma campanha nacional de conscientização que envolve profissionais de saúde, instituições privadas e o poder público em prol de desempenhar um papel crucial na educação da população e na promoção de cuidados de saúde adequados.

A campanha teve início no Brasil em 2014, sendo criada por médicos da cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. Foi inspirada por outras Campanhas como o Outubro Rosa (câncer de mama) e o Novembro Azul (câncer de próstata), por motivação inicial aumentar a visibilidade de doenças como o Lúpus e a Fibromialgia, que muitas vezes são negligenciadas. A Doença de Alzheimer foi incorporada à campanha devido à crescente relevância dessa condição em uma população que envelhece rapidamente.

Significado da cor roxa: Simboliza espiritualidade, empatia e serenidade, valores fundamentais para o enfrentamento dessas condições.

Por que falar dessas três doenças juntas?

A Campanha busca a conscientização unificada pois, ao abordar as três condições em uma única campanha, é possível ampliar o alcance da informação e sensibilizar diferentes públicos a fim de promover o diagnóstico precoce, o acolhimento e o suporte aos pacientes.

Todas são doenças crônicas que demandam acompanhamento contínuo e comprometem a qualidade de vida. Elas compartilham desafios, como diagnóstico tardio e falta de cura definitiva. Geram impactos emocionais e sociais significativos nos pacientes e em suas famílias.

Muitas pessoas ainda desconhecem ou têm informações equivocadas sobre essas doenças, o que prejudica o reconhecimento dos sintomas e a busca por tratamento adequado.

A Campanha reflete a necessidade de uma rede de apoio que garanta conforto, acolhimento e dignidade para pacientes e cuidadores.

Doença de Alzheimer

É uma doença neurodegenerativa que causa demência progressiva ocasionando perda de capacidades cognitivas e funcionais.

Principais sintomas:

  • Declínio Cognitivo: Perda gradual de memória, habilidades linguísticas, resolução de problemas e raciocínio.
  • Alterações Comportamentais: Mudanças de humor, depressão, irritabilidade e apatia.

Prevalência Global: A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que o Alzheimer afeta cerca de 35,6 milhões de pessoas em todo o mundo, número que deve dobrar em 20 anos.

Prevalência no Brasil: No Brasil, existem cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas têm a doença de Alzheimer, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz).

Fatores de risco:

  • Idade: O risco aumenta significativamente após os 65 anos.
  • Genética: Histórico familiar ou presença de genes específicos (como APOE-e4) pode aumentar o risco.
  • Estilo de Vida: Tabagismo, dieta inadequada, sedentarismo e doenças crônicas como hipertensão e diabetes.
  • Outros Fatores: Traumatismos cranianos e baixos níveis educacionais também estão associados.

Tratamentos e Cuidados: Os sintomas podem ser gerenciados com uma combinação de abordagens tais como, medicamentosa, estimulação cognitiva e exercícios de memória. Bem como, gerenciamento do estilo de vida.

Fibromialgia

É uma síndrome de dor crônica generalizada, considerada uma condição que amplifica as sensações dolorosas, afetando a forma como o cérebro e a medula espinhal processam os sinais de dor.

Principais sintomas:

  • Dor generalizada e sensibilidade ao toque;
  • Fadiga
  • Distúrbios do sono, como síndrome das pernas inquietas ou apneia do sono
  • Problemas cognitivos ("nevoeiro mental" ou "fibro fog"): Dificuldade em se concentrar, prestar atenção e lembrar das coisas.
  • Outros sintomas: Dores de cabeça, síndrome do intestino irritável (SII), ansiedade, depressão e alterações de humor.

Prevalência Global: Afeta de 2% a 8% da população mundial, sendo mais comum em mulheres entre 30 e 55 anos.

Prevalência no Brasil: A Sociedade Brasileira de Reumatologia estima que a fibromialgia afeta cerca de 3% da população brasileira. De cada 10 pacientes com fibromialgia, entre 7 e 9 são mulheres.

Fatores de risco:

  • Genética
  • Infecções
  • Traumas físicos ou emocionais
  • Distúrbios do sono e estresse

Tratamentos e Cuidado: Os sintomas podem ser gerenciados com uma combinação de abordagens tais como, medicamentosa, acompanhamento nutricional, terapia física (exercícios de baixo impacto), terapia psicológica (técnicas de terapia cognitivo-comportamental - TCC) para lidar com a dor e o estresse. Bem como, gerenciamento do estilo de vida.

A fibromialgia não é considerada uma doença autoimune. Embora compartilhe algumas características com condições autoimunes, como dor crônica e fadiga, ela tem mecanismos diferentes, não havendo evidências de que o sistema imunológico ataque o corpo. Em vez disso, a condição está relacionada a uma alteração na forma como o sistema nervoso central processa os sinais de dor, resultando em uma maior sensibilidade à dor (processo chamado de sensibilização central).

Embora não seja autoimune, a fibromialgia pode coexistir com doenças autoimunes, como: Lúpus eritematoso sistêmico, Artrite reumatoide e Síndrome de Sjögren.

Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)

É a forma mais comum e grave entre os tipos de Lúpus, classificada como uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca tecidos saudáveis, afetando múltiplos órgãos e sistemas como pele, articulações, rins e cérebro.

Principais sintomas:

  • Fadiga extrema
  • Dores articulares e musculares
  • Erupções cutâneas (especialmente no rosto, em forma de "asa de borboleta")
  • Febre inexplicada
  • Queda de cabelo
  • Sensibilidade à luz
  • Problemas renais, pulmonares e cardíacos em casos graves

Prevalência Global: Estima-se que o LES afete aproximadamente 20 a 70 pessoas por 100.000 habitantes em todo o mundo.

Prevalência no Brasil: Dados específicos sobre a prevalência do LES no Brasil são limitados. No entanto, a Sociedade Brasileira de Reumatologia destaca que a doença é mais comum em mulheres, especialmente na faixa etária de 20 a 45 anos.

Fatores de Risco:

  • Genéticos
  • Hormonais
  • Infecções
  • Ambientais, desencadeado por exposição solar
  • Estresse

Tratamento e Cuidados: Os sintomas podem ser gerenciados com uma combinação de abordagens tais como, medicamentosa e novas terapias biológicas ajudam a controlar os sintomas e prevenir complicações. Bem como, gerenciamento do estilo de vida.

Estratégias para gerenciar o estilo de vida:

  • Prática de exercícios físico e mental de forma regular.
  • Alimentação saudável e equilibrada.
  • Controle do estresse.
  • Controle de condições crônicas de saúde.
  • Suporte emocional.
  • Engajamento social.
  • Proteção Solar

Ressaltamos a importância do acompanhamento multidisciplinar com especialistas.

Fique atento!
Se você ou alguém que conhece apresenta sintomas compatíveis com as doenças ou tiver dúvidas, consulte um profissional de saúde. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem fazer toda a diferença!

O Fevereiro Roxo é mais do que uma campanha, é um convite à conscientização, empatia e ao cuidado coletivo. Juntos, podemos criar um futuro em que pacientes de Lupus, Fibromialgia e Alzheimer recebam o suporte adequado.

Mantenha-se informado e cuide da sua saúde!

Programas de Medicina Preventiva

A Unimed Costa do Sol, por meio dos Programas Viver Bem, promove atendimentos interdisciplinares aos beneficiários maiores de 18 anos, elegíveis aos programas de acordo com cada linha de cuidado.

Os programas oferecem acolhimento aos pacientes e familiares, atuando no gerenciamento do cuidado com objetivo de proporcionar bem-estar e qualidade de vida.

Para saber mais sobre os programas da Medicina Preventiva da Unimed Costa do Sol, acesse o site ou faça contato através do telefone (22) 2105 -8075, WhatsApp (22) 99208-8494, ou através do nosso endereço de e-mail (medprev@costadosol.unimed.br).

Fontes e Referências Bibliográficas

  1. Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). "Lúpus Eritematoso Sistêmico" e "Fibromialgia: perguntas e respostas". Disponível em: www.reumatologia.org.br
  2. Organização Mundial da Saúde (OMS). "Dementia fact sheet". Disponível em: www.who.int
  3. Alzheimer’s Disease International (ADI). "World Alzheimer Report 2023". Disponível em: www.alzint.org
  4. Wolfe F, et al. "The prevalence and characteristics of fibromyalgia in the general population". Arthritis & Rheumatism, 1995. DOI: 10.1002/art.1780380106
  5. Danchenko N, Satia JA, Anthony MS. "Epidemiology of systemic lupus erythematosus: a comparison of worldwide disease burden". Lupus, 2006. DOI: 10.1191/0961203306lu2401xx
  6. Prefeitura de Caxias do Sul. "Informe Epidemiológico Fevereiro Roxo 2023". Disponível em: [www.caxias.rs.gov.br](https://gcpstorage.caxias.rs.gov.br/documents)