Doenças comuns no período chuvoso em Belém demandam atenção e cuidados

Fique atento aos sintomas e previna-se!
        17 de janeiro, 2025

Com a chegada da temporada de chuvas em Belém, uma preocupação frequente vem à tona: o aumento no número de doenças virais e infecciosas. A prevenção, com cuidados simples, como o uso de máscaras e a vacinação em dia, pode ser decisiva para manter a saúde da população.

A médica infectologista, cooperada da Unimed Belém, Helena Brígido explica que a combinação de fatores climáticos e sociais favorece a propagação de diversas doenças, especialmente entre janeiro e março, período marcado pelas chuvas intensas e o retorno de viagens após as festividades de fim de ano. “No período de chuvas há maiores possibilidades de ocorrências de gripe, resfriado, sinusites virais, covid. Neste mês de janeiro começam a aparecer os casos de hepatite viral do tipo A e leptospirose”, alerta.

O aumento das chuvas favorece o aparecimento dessas doenças por conta da aglomeração de pessoas em espaços públicos e privados e transportes coletivos, por exemplo. Outros fatores recorrentes são as condições inadequadas de saneamento básico e os alagamentos - muito comuns nessa época - que aumentam a vulnerabilidade da população à essas doenças.

Sintomas e cuidados: reconheça os sinais e busque ajuda médica

A médica cooperada explica que, nos casos de doenças respiratórias, os sintomas mais comuns durante o período de chuvas incluem febre, dor de cabeça, dor no corpo, tosse, dor de garganta, nariz entupido e coriza. Alguns casos também podem envolver náuseas e diarreia. A duração desses quadros geralmente varia entre sete a dez dias, mas a tosse pode persistir por mais de uma semana.

No caso da leptospirose, a doença se manifesta com febre alta, dor no corpo, dor de cabeça e sintomas mais graves como sangramentos nas gengivas, nariz e até órgãos internos, o que exige atenção médica imediata. A hepatite viral A, por sua vez, pode causar náuseas, vômitos e icterícia (coloração amarelada da pele e olhos).

A infectologista destaca a importância de procurar atendimento médico rapidamente, mesmo em casos de sintomas leves, pois a orientação correta de um especialista é fundamental para prevenir complicações.

Cuidados especiais com crianças e idosos

Crianças e idosos são mais vulneráveis durante o período chuvoso, especialmente em relação a doenças respiratórias, visto que o sistema imunológico desse grupo de pessoas pode não estar tão preparado para lidar com infecções virais. “Para proteger esses grupos, é essencial garantir que recebam a vacina contra gripe e a Covid-19, evitar exposições a ambientes com muitas pessoas e reforçar o uso de máscaras”, alerta a médica.

É importante que a população busque atendimento médico diante de sintomas que não melhorem com o tempo. No entanto, a infectologista alerta que é importante ponderar a real necessidade de consultas em casos leves, como obstrução nasal e coriza. “A sobrecarga nos serviços de saúde pode prejudicar o atendimento a casos mais graves, como infartos, pneumonias ou problemas respiratórios mais sérios”, explica.

A recomendação é procurar unidades de saúde apenas em casos de sintomas mais graves ou persistentes e, enquanto isso, utilizar medicamentos indicados para sintomas específicos, como analgésicos e anti-inflamatórios, evitando o uso de “remédios para gripe” encontrados em farmácias, que muitas vezes são combinações inadequadas.

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