Revista Conexão | Edição 13 - page 21

gramado
Precisando de ajuda em uma cidade
desconhecida, o acaso fez com que o
casal reencontrasse um antigo conhe-
cido da época do futebol, o também or-
topedista Apolônio Teixeira de Siqueira.
"Fomos adversários nos gramados e vol-
tamos a nos encontrar durante a facul-
dade de medicina. A ajuda dele foi muito
importante quando nossa filha nasceu
prematura. Para mim, isso é o principal
ganho quando praticamos um esporte:
são os relacionamentos que a gente
constrói", ressalta.
A paixão do amigo Apolônio Si-
queira pelo futebol também começou na
infância, em Tarumirim, interior do Es-
tado. "A bola era a única diversão que tí-
nhamos. Eu e meus irmãos vivíamos na
rua jogando com os amigos. Cheguei a
fazer parte do time da cidade. Aos 14
anos, minha família veio para Belo Hori-
zonte e eu trouxe comigo meu sonho de
ser jogador de futebol", recorda.
Aos 17 anos, durante um jogo de
várzea, um torcedor do Siderúrgica, de
Sabará, viu o talento de Apolônio
Siqueira e sugeriu que ele fosse fazer
um treino no clube. E, assim, entrou
para o time como lateral esquerdo.
"Nosso juvenil era muito bom, apesar
de não termos ganhado nenhum título.
Jogamos o Campeonato Mineiro contra
Cruzeiro, Atlético, Democrata, Vila No-
va e muitas outras equipes importan-
tes da época", conta.
Em 1965, o Siderúrgica foi extinto,
por falta de patrocínio, e Apolônio Si-
queira transferiu-se para o time do
Banco da Lavoura, que também dispu-
tava o Campeonato Mineiro. Porém, uma
lesão, provocada por um acidente de
carro, interrompeu seu sonho de ser jo-
gador profissional aos 18 anos. Ele deci-
diu, então, investir na sua segunda
paixão: a medicina.
Hoje, o ortopedista tem dois filhos,
tambémmédicos, que dividem com ele a
paixão, tanto pela área de saúde quanto
pelo futebol. Todos são flamenguistas e,
sempre que conseguem, vão juntos ao
estádio assistir às partidas do seu time
do coração. "Não estou mais jogando,
mas continuo indo aos jogos para en-
contrar os amigos. Acho que não só o fu-
tebol, mas o esporte, em geral, é como
uma chave que vai abrindo portas. No
pou-co tempo em que pude jogar, fiz
muitas amizades que me ajudaram ao
longo da vida, com as quais até hoje
tenho contato", acrescenta.
Apolônio Siqueira (ao centro) com o uniforme do
Banco da Lavoura. O médico valoriza até hoje as
amizades que construiu nos tempos de jogador
Arquivo pessoal
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