Sinais e sintomas da Hipoglicemia, causa e manejo adequado

 
1. O que é Hipoglicemia?
A hipoglicemia é a diminuição da glicemia (açúcar ou glicose no sangue) para valores abaixo do normal.
 
2. Qual a causa?
A hipoglicemia é causada pela administração de doses de medicamento em excesso ou alterações na rotina do paciente, como:
• alimentação inadequada ou irregular (ex.: pular refeições, comer menos que o necessário, jejum prolongado);
• ingestão de bebidas alcoólicas; ou
• realização de atividades físicas intensas sem ajustes no tratamento.
 
3. Quais os sinais, sintomas e consequências?
Os sinais e sintomas da hipoglicemia podem ser diferentes para cada pessoa e podem mudar de tempos em tempos.
Os sinais e sintomas comuns são: fome, náusea, sensação de formigamento ou dormência nos lábios/língua, tremor, palpitação, coração batendo mais rápido que o normal, nervosismo/ irritabilidade, ansiedade/impaciência, raiva, tristeza, suores/calafrio, dor de cabeça, fraqueza/fadiga, falta de coordenação motora, tontura, visão embaçada, sonolência, pesadelos ou choro durante o sono, confusão mental, delírio, convulsões, inconsciência.
A hipoglicemia pode afetar a capacidade de pensar e reagir rapidamente. Por isso, não é recomendado dirigir carro e fazer atividades arriscadas (carregar peso, operar máquinas). Em situações extremas, a hipoglicemia pode causar perda de consciência, crises convulsivas, coma e morte.

 

USO SEGURO
1 – ARMAZENAMENTO
 • Armazenar o frasco de insulina que já foi aberto em ambiente adequado (sem umidade e calor excessivo e protegido da luz solar) em até 30°C
• Armazenar os frascos fechados em geladeira, entre 2 e 8°C (local preferencial: gaveta de legumes e verduras) • Paciente armazenou o frasco de insulina próximo ao congelador da geladeira, o que levou ao congelamento do medicamento, prejudicando o tratamento.
 
2 - ANTES DO USO
• Atentar para os cuidados específicos de cada tipo de insulina e as doses prescritas para cada tipo
• Lavar as mãos
• Identificar e fazer marcações nos frascos de insulina para evitar troca entre os frascos
• Retirar a insulina da geladeira
• Organizar o material para uso
• Ler o rótulo com atenção, identificando e diferenciando o tipo de insulina
• Examine a aparência da insulina
• Realizar desinfecção do frasco de insulina
• Role o frasco da insulina NPH cuidadosamente entre as mãos até que o conteúdo fique misturado por igual
• Puxe ar na seringa equivalente ao número de unidades a ser administrado
• Injetar o ar no frasco da insulina
• Puxar a dose prescrita de insulina na seringa
• Em caso de mistura, puxar a insulina regular na seringa antes da NPH
• Retirar as bolhas de ar da seringa
• Reencapar a agulha até o momento da aplicação
 
3 – DURANTE O USO
• Realizar rodízio dos locais de aplicação
• Delimitar local de aplicação
• Realizar assepsia da pele
• Preferencialmente, fazer prega cutânea para aplicação da insulina subcutânea quando utilizar agulhas com extensão igual ou superior a 6 mm
• Introduzir a agulha em ângulo de 90°
• Garantir que a insulina seja administrada na camada subcutânea da pele
• Administrar toda a dose de insulina lentamente
 
4 -  APÓS O USO
• Esperar alguns segundos para retirada da agulha
• Pressionar o local de aplicação, mas sem massagear
• Comer adequadamente quando administrar insulina
 
5 – OUTRAS OBSERVAÇÕES
• Registrar a data de abertura do frasco e observar o prazo de validade após abertura
• Cuidado com reutilização de seringas/agulha
• Não compartilhar agulha/seringa
• Descartar material perfurocortante em frasco lígido, e, após cerca de dois terços do recipiente preenchido, levar a uma farmácia ou centro de saúde para o descarte correto
• Ajustar a dose conforme realização de exercícios físicos e ingestão de alimentos
• Medir e registrar a glicemia capilar regularmente
• Conhecer os sinais e sintomas de hipoglicemia, assim como medidas para reverter o quadro hipoglicêmico e compartilhar as informações com familiares/cuidadores.
 
 
A promoção do uso racional de medicamentos na transição do cuidado é fundamental para garantir a prescrição e dispensação apropriada para a condição clínica do paciente, com esquema posológico adequado e no menor custo possível.