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Voltar Por que a maioria dos homens deixa de contar com assistência médica depois de encerrarem as consultas ao pediatra?

Por que a maioria dos homens deixa de contar com assistência médica depois de encerrarem as consultas ao pediatra?

É preciso ultrapassar os preconceitos enraizados, transferidos de geração em geração, e falar do cuidado com a saúde masculina. Médico cooperado traz reflexões de saúde sobre o tema.
        12 de julho, 2023

O médico endocrinologista e cooperado da Unimed Guarulhos, dr. Carlo Duarte (CRM 100531), explica que os homens realmente acabam buscando com menor frequência os serviços de saúde, e que é possível perceber esse fato na rotina do consultório. Sendo assim, no dia do homem, a Unimed Guarulhos convidou dois de seus especialistas para falar sobre saúde masculina e promover algumas reflexões sobre o tema.


Não é um mito, é um fato

 Muitos homens param de contar com assistência médica depois de encerrarem as consultas ao pediatra, logo que crescem, e não se preocupam mais em buscar ajuda, é o que afirma dr. Duarte. Para ele, “isso é uma questão até cultural que pode acabar gerando prejuízos à qualidade de vida”, completa. Já a psicóloga Stefani Bueno (CRP:06/140291) que atua na Unidade de Oncologia da Unimed Guarulhos, acredita que falar de cuidados com a saúde mental e física masculina ainda apresenta resistência em nossa sociedade, muitas vezes até por parte dos próprios homens. A especialista defende que eles  têm menos facilidade de conversar sobre suas angústias, afetos e ansiedades. “Ao mesmo tempo em que o homem moderno enfrenta cobranças relacionadas a emprego, carreira e estabilidade familiar, por exemplo, ainda existe uma ideia de que devem se manter frios, indiferentes ao sofrimento ou à dor  e não precisam entrar em contato com suas emoções”, explica Bueno.  


Doenças mais presentes na saúde masculina

Dados da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) revelam que cerca de 52% das mortes por doenças crônicas não-transmissíveis ocorre entre os homens e eles têm mais chances de morrerem antes dos 70 anos do que as mulheres. Segundo dr. Duarte, existem as doenças próprias do público masculino como as da próstata ou testiculares, mas outras comorbidades são de alta incidência nos homens como as cardiovasculares, infarto, AVC, a hipertensão e até as doenças de pele.

Prevenção é a chave para viver melhor

As estatísticas do OPAS mostram que 36% das mortes do público masculino poderiam ter sido evitadas. Isso significa que a prevenção ainda é a melhor forma de investir em uma vida mais saudável e longa. “O homem precisa deixar de lado a ideia de ser guerreiro, dar conta de tudo sozinho. Se quer envelhecer bem, ver seus filhos, netos e ainda brincar com eles com saúde tem que envelhecer com qualidade”, explica o médico.

Como ajudar na prevenção?

Se há a intenção, do homem, de também contribuir para a vida das pessoas que convive como familiares e amigos, também precisa cuidar de si. O profissional lista algumas dicas favoráveis às mudanças de hábitos como:
-Evitar tabagismo e o consumo excessivo de bebidas alcóolicas
-Prática regular de exercícios físicos (que tal encontrar um esporte que goste)
-Evitar o estresse (pode existir autocobrança e pressão), se necessário buscar ajuda
-Cuidar da saúde mental
-Fazer os exames de rotina regularmente
-Contar com apoio médico sempre que for preciso
 Lembre-se que a primeira forma de mudar ciclos, é quebrando-os. Mesmo que em pequenos passos, a informação é o primeiro degrau esse avanço, afinal, ainda existem muitos motivos para alertar os homens a ficarem de olho no bem-estar. Homem, qual ciclo você precisa quebrar hoje? Que tal começar a ser mais vulnerável, permitindo e dando espaço para o cuidado na sua vida?

Esse texto contou com informações das Nações Unidas,  entrevista com dr. Carlo Duarte e Stefani Bueno


 

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