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R e v i s ta A m p l a
Por um
sistema
de saúde
sustentável
Especialistas em economia e gestão
apontam desafios e possíveis soluções para
as saúdes pública e suplementar no Brasil
Se de um lado os pacientes re-
clamam da baixa qualidade, das fi-
las, da demora para conseguir um
atendimento, da falta de insumos e
medicamentos, do outro lado estão
os médicos insatisfeitos com as con-
dições de trabalho, com a remunera-
ção incompatível, além de também
relatarem falta de insumos, tecnolo-
gia inapropriada e condições físicas
inadequadas nos hospitais e postos
de saúde. Nunca se ouviu tanto falar
em deficiência no setor de saúde no
Brasil como nos últimos anos. Porém,
afinal, quais são os caminhos que as
saúdes pública e suplementar devem
seguir para superar tais desafios?
Segundo analisa André Medici, es-
pecialista em economia e gestão de
saúde, não tem havido um desen-
volvimento harmônico do setor que
permita uma perspectiva de carreira
para os profissionais médicos. "Os
serviços públicos, por exemplo, não
são providos de padrões adequados
de qualidade técnica para que o pro-
fissional médico possa exercer da me-
lhor forma possível seu potencial",
avalia. Medici admite, no entanto,
que não há uma fórmula mágica de
quanto o país deve investir em saúde.
Para Marcos Bosi Ferraz, coorde-
nador do Grupo Interdepartamental
de Economia da Saúde da Universida-
de Federal de São Paulo (UNIFESP),
tanto a saúde pública quanto a su-
plementar possuem dois grandes de-
safios. Em primeiro lugar, é preciso
transformar a visão de apagar incên-
dio para se ter um sistema público e
suplementar de médio e longo prazos
sustentáveis. "O segundo grande de-
safio é conciliar as expectativas ilimi-
tadas dos cidadãos no que tangem à
assistência à saúde com a escassez e
Consulta
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Desafios em Saúde
