A bolsa rompeu! E agora?

Com a proximidade do parto, as futuras mães temem que a bolsa d’água estoure subitamente em público. Essa cena costuma ser comum em novelas, mas na vida real é um pouquinho diferente.
Texto: Fonte: Unimed Paraná
        17 de setembro, 2019

Com a proximidade do parto, as futuras mães temem que a bolsa d’água estoure subitamente em público. Essa cena costuma ser comum em novelas, mas na vida real é um pouquinho diferente. Apenas 10% das grávidas em final da gestação têm a bolsa rompida antes do início do trabalho de parto, que em geral começa com as contrações do útero, com intervalo de 5 minutos e vão aumentando a frequência conforme a evolução do quadro.

As contrações duram mais ou menos quarenta segundos. A dor se assemelha à de uma cólica menstrual. Conforme vai se aproximando a hora de parir, as dores e contrações vão ficando mais fortes, quando ocorrem duas dores fortes em um período de dez minutos, caracteriza-se o trabalho de parto.

A bolsa d’água, que envolve o bebê no útero é formada por duas membranas e preenchida pelo líquido amniótico, que tem a função de proteger o bebê contra traumas e infecções. Depois que ela se rompe, o parto ocorre, no máximo, nas 48 horas seguintes.

Quando a bolsa estoura, a mulher sente um líquido quente escorrendo pelas pernas, é como se estivesse fazendo xixi, mas sem controle do fluxo. O líquido amniótico é transparente e tem um odor parecido com o da água sanitária, por isso, caso o líquido esteja com alguma coloração ou sangue, a gestante deve avisar imediatamente o médico.

E o que a grávida deve fazer quando a bolsa estoura? A primeira coisa é manter a calma. O estouro da bolsa não significa que o bebê nascerá imediatamente. Ligue para o seu companheiro e o seu médico, tome um banho, arrume as coisas e peça para alguém te levar para a maternidade.

Ao chegar ao hospital, o médico irá avaliar o histórico da gestante, assim como o seu estado clínico e do bebê. Se a mulher não possuir contraindicações para um parto normal, acompanha-se as fases do trabalho de parto por meio das contrações, do bem-estar fetal, das dilatações e da descida do feto pelo canal de parto.

A dilatação é medida por meio do exame de toque, quando o médico introduz dois dedos na vagina da gestante. O necessário para que o bebê nasça de parto normal são dez centímetros, caso a mamãe não atinja essa abertura e após todas as possibilidades terapêuticas e clínicas o médico poderá optar pela realização da cesárea.

Se a bolsa romper antes do fim da gestação, vá para a maternidade e ligue para o seu obstetra.