Autismo: Unimed Cascavel traz esclarecimentos no Dia Mundial de Conscientização

        03 de abril, 2020


 

De repente, aquela personalidade que parecia apenas a de uma criança tímida se retraiu ainda mais em um mundo próprio, quase sem interação com as pessoas ao redor. Nada de olho no olho nem conversa, as brincadeiras se tornaram solitárias, e o barulho que normalmente anima qualquer menino ou menina passou a ser um ruído difícil para a criança suportar. 
 
Despido de parte do preconceito que no passado fez o assunto ser algo pesado, hoje o autismo é encarado com a esperança trazida por várias possibilidades de tratamento. Celebrado em 2 de abril, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi definido em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU).
 
Autismo
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma a cada 160 crianças é diagnosticada com o Transtorno do Espectro Autista. O TEA tem origem neurobiológica e é responsável por alterar alguns aspectos da vida do indivíduo. Trata-se de algo que pode ser detectado ainda na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. É por isso que crianças que convivem com o autismo precisam ser levadas ao acompanhamento médico o mais rápido possível, pois nesta fase as intervenções multiprofissionais promovem os melhores resultados.
 
Embora algumas pessoas com TEA possam viver de forma independente, outras têm graves incapacidades e necessitam de cuidados e apoio ao longo da vida. As intervenções psicossociais baseadas em evidências - como o tratamento comportamental e os programas de treinamento de habilidades para os pais - podem reduzir as dificuldades de comunicação e comportamento social, com impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida.
 
Contato visual
 
No desenvolvimento infantil, o contato visual antecede a fala. Sendo assim, os pais começam a perceber alterações que podem ser notadas já na fase do aleitamento materno. O bebê autista geralmente não estabelece conexão com o olhar da mamãe. Essa questão também pode ser diagnosticada apenas mais tarde, quando a criança não olha nos olhos mesmo das pessoas com quem mais convive, a exemplo de pai, mãe e irmãos. A criança autista também não costuma olhar na direção de quem a chamou pelo nome. 
 
Comunicação e interação social
 
O TEA é responsável por impactar direta e indiretamente na comunicação e na interação social. Comunicação deficitária implica em interação social comprometida. Por esse e outros motivos, o pequeno prefere brincar sozinho e encontra barreiras enormes quando precisa conviver com coleguinhas de escola.
 
Hipersensibilidade
 
Entre as crianças autistas, é relativamente comum que elas se irritem facilmente diante de alguma situação de aperto físico, a exemplo de abraço ou qualquer contato físico. Perfumes, certos tons de cores, claridade e barulho também podem desencadear essa condição. Esse estímulo sensorial maximizado é responsável por deixar as crianças bastante nervosas e até chorosas, uma vez que elas não saberão se expressar com precisão.
 
Outras relevâncias
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), indivíduos com Transtorno do Espectro Autista frequentemente apresentam outras condições concomitantes, incluindo epilepsia, depressão, ansiedade e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O nível de funcionamento intelectual em indivíduos com TEA é extremamente variável, estendendo-se de comprometimento simples até níveis mais profundos.  
 
Causas
 
Evidências científicas sugerem a existência de vários fatores, incluindo ambientais e genéticos, que tornam uma criança mais propensa a desenvolver o TEA.  Mas é importante destacar que não há evidências de qualquer associação causal entre a vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (estudos anteriores que sugeriam essa ligação estavam marcados por erros metodológicos).Também não há evidências de que qualquer outra vacina infantil possa aumentar o risco de autismo. 
 
Tratamento
 
A cura para o transtorno não foi desenvolvida. No entanto, intervenções psicossociais baseadas em evidências, como análise aplicada do comportamento e programas de treinamento de habilidades para pais e outros cuidadores, podem reduzir as dificuldades de comunicação e comportamento social, com impacto positivo no bem-estar e qualidade de vida da pessoa.  
As necessidades de cuidados de saúde das pessoas com TEA são complexas e requerem uma gama de serviços integrados, incluindo promoção da saúde, cuidados, serviços de reabilitação e colaboração com outros setores, tais como os da educação, emprego e social.  
 
Cuidar de você. Esse é o plano.