Emoção e alimentação: O que tem em comum?

Design: Colaboração: Unimed Porto Alegre
        05 de dezembro, 2022

 
A conexão entre a alimentação e as emoções possui comprovação científica. Os alimentos estão diretamente associados às emoções, pois ativam automaticamente as nossas memórias afetivas e demonstram quão complexos são os sentidos envolvidos no ato de se alimentar.
Esse processo começa já na infância quando, por meio da amamentação, vinculamos o alimento ao amor materno. E, assim, ao longo da vida, seguimos realizando essas conexões por meio de eventos que sejam significativos para nós, tais como: celebrar um acontecimento, comer algo que gostamos muito, ter memórias afetivas de entes queridos.
Muitos fatores contribuem para os diferentes comportamentos que utilizamos como resposta às nossas emoções: o ambiente no qual estamos inseridos, questões culturais, experiências e associações pessoais com o alimento ou a capacidade de identificar e regular as emoções. Tais questões afetam as nossas escolhas nutricionais como quantidade, tipos de alimento e número de refeições que faremos.
É importante perceber que a alimentação é capaz de proporcionar conforto e alívio em diversas situações vivenciadas como, por exemplo, uma pessoa com ansiedade que procura doces ou alimentos ricos em gordura como forma de aliviar os sintomas. Porém, precisamos ter em mente que esse alívio é momentâneo e não irá resolver questões emocionais mais profundas que podem estar por trás desse hábito.
Quando ficar em alerta?
• Quando o comer emocional estiver associado tanto à compulsão quando à restrição alimentar.
• Se o ato de se alimentar estiver acompanhado de sentimentos de vergonha, angústia, tristeza e culpa.
• Quando utilizamos a alimentação para nos anestesiar, ou seja, para evitar entrar em contato com emoções indesejadas.
• Quando utilizamos o alimento como único recurso para lidar com as emoções.
• Quando nos desconectamos dos nossos sinais fisiológicos de fome e satisfação.

Você tem fome de quê?
Ao fazermos esse questionamento temos a oportunidade de reconhecer a nossa real necessidade. Tenho fome de uma conversa? De momentos de pausa? De um abraço? De um elogio?
O comer emocional pode ser um sinal de alerta sobre algo que não vai bem e, geralmente, indica que o nosso corpo e a nossa mente não estão em sintonia. Nestes momentos, o primeiro passo é identificar a situação, buscar ajuda profissional, caso entenda ser necessário, e não se culpar. A culpa é um grande desafio nesse processo.
Dicas de relação saudável com os alimentos
• Crie uma rotina alimentar.
• Pratique o autocuidado.
• Evite fazer comparações.
• Pratique Mindful Eating.
• Crie estratégias diferentes para lidar com as emoções: o que mais me traz sensação de bem estar?