Hanseníase: as consequências da interrupção do tratamento

        23 de janeiro, 2024

 
A hanseníase é uma doença crônica, infectocontagiosa, de alto poder incapacitante e que pode atingir pessoas de todas as idades, gêneros e classes sociais. Anteriormente chamada de lepra, ela representa um grave problema de saúde pública no Brasil, com grande impacto socioeconômico e repercussão psicológica. Mas, diferentemente do que você ainda possa imaginar em virtude da falta de informação ou do tabu que envolve esse tema, a hanseníase tem cura, desde que o tratamento seja realizado corretamente.
 Na reportagem desta semana, a Unimed Cascavel traz informações sobre as consequências da interrupção do tratamento da hanseníase. As informações contidas neste texto têm como fonte a Revista Multidisciplinar em Saúde. Aproveite e leitura!
Motivos da interrupção
O abandono do tratamento é uma das principais causas do baixo controle da hanseníase no Brasil, por isso é tão importante conscientizar a população sobre a adesão efetiva do paciente ao tratamento. Conforme estudo publicado pela Revista Multidisciplinar em Saúde, dentre os principais fatores relacionados ao abandono do tratamento estão o esquecimento, a falta de tempo, o regime terapêutico prolongado, processos inflamatórios, reações de hipersensibilidade, condições socioeconômicas, religião e/ou crença na cura não medicamentosa, conhecimento acerca da doença, apoio familiar, efeitos adversos e reações aos medicamentos.
Consequências da interrupção
Quando o paciente abandona ou interrompe o tratamento, não somente aumenta a chance do organismo desenvolver resistência aos antibióticos, mas também possibilita a perpetuação da cadeia de transmissão da hanseníase que havia sido interrompida com o início do tratamento medicamentoso, bem como risco de desenvolver incapacidades físicas e deformidades, aumento da incidência de complicações e outras reações relacionadas à doença. 
A adesão ao tratamento da hanseníase não afeta apenas as pessoas diagnosticadas, mas toda a sociedade (que permanece suscetível). Por isso é imprescindível começar e concluir o tratamento visto que, após o início da terapia não mais se transmite a doença e interrompe-se a cadeia de transmissão.
Causas e sintomas
Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase evolui aos poucos e afeta principalmente a pele e os nervos. A transmissão se dá por meio de convivência muito próxima e prolongada com alguém infectado, que não esteja em tratamento e que possui a forma transmissora da doença, chamada multibacilar. A bactéria é transmitida por contato com gotículas de saliva ou secreções do nariz (tocar a pele do paciente não transmite hanseníase).
Os principais sintomas da doença são:
• Manchas brancas, marrons ou vermelhas na pele em qualquer parte do corpo.
• Inchaço e dor nas juntas.
• Febre.
• Caroços (nódulos) no corpo, que podem ser avermelhados e dolorosos.
• Redução da sensibilidade (a pessoa não consegue diferenciar as sensações de quente ou frio, não sente dor e não sente o toque).
• Entupimento, ressecamento, surgimento de feridas e sangramentos pelo nariz.
Consequências
Caracteriza-se por alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos e pode gerar incapacidades permanentes, caso não seja tratada precocemente.
Como é o tratamento?
No Brasil, o tratamento é gratuito e fornecido pelo sistema público de saúde. O paciente pode se tratar em casa com o uso de antibióticos em comprimido por um período que varia de seis meses a um ano.
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