Deu Branco! Esquecimentos durante a gravidez

        05 de julho, 2019

Não é novidade para ninguém que, durante a gestação, os hormônios são responsáveis por uma série de mudanças no corpo e também têm impactos emocionais para as mulheres grávidas. Além de mais emotivas e sensíveis, as gestantes costumam se deparar com situações de esquecimento. Sem a ajuda de um bloco de anotações ou do celular para fazer seus registros, muita coisa pode passar batido, sem contar aqueles casos corriqueiros de não lembrar onde foram deixados objetos do dia a dia.

O esquecimento na gravidez tem algumas explicações. Por meio da análise de ressonâncias magnéticas realizadas em mulheres antes, durante e até dois anos após a gestação, uma pesquisa feita pela Universidade Autônoma de Barcelona, da Espanha, em parceria com a Universidade Leiden, da Holanda, indica que nessa fase tão importante na vida da mulher ocorre uma redução em áreas do cérebro responsáveis pelas interações sociais. Segundo o estudo, isso acontece para auxiliar a mãe a criar laços com o bebê e se preparar para as demandas da maternidade.

A pesquisa apontou ainda que todas as mulheres são afetadas da mesma forma, não havendo qualquer relação com o fato de a gravidez ter ocorrido naturalmente ou ter acontecido por meio de fertilização in vitro.

Os hormônios por trás da falta de memória

Semelhante às mudanças estruturais que acontecem no cérebro durante a adolescência, a alteração na gestação, que afeta algumas funções do cérebro, principalmente com a área relacionada à atenção, pode estar relacionada ao aumento da taxa de progesterona.

Trata-se de uma situação recorrente na gravidez e que não requer nenhum cuidado específico, já que é revertida naturalmente após o nascimento do bebê, com a diminuição da progesterona.

Esse não é o único hormônio que merece levar a “culpa” pelas distrações e falta de memória. A ocitocina também tem papel em todo esse processo. Ela é responsável pelo aumento da ativação em áreas motivacionais do cérebro, respondendo ao estímulo do contato da mãe com o filho. Já na reta final da gestação e também nos primeiros dias da lactação, há o aumento dos receptores de ocitocina em várias áreas do cérebro, mais uma justificativa para os esquecimentos.

Mas nem tudo pode ser atribuído aos hormônios. Muitos obstetras e neurologistas explicam às pacientes que essa mudança de foco também pode estar associada à ansiedade para a chegada do bebê, e ainda à privação do sono, já que, especialmente na reta final da gravidez, é difícil encontrar uma posição confortável e ter uma boa noite de sono, e até mesmo ao estresse decorrente da avalanche de mudanças na vida.

Como driblar esse esquecimento

Especialistas indicam algumas atividades que podem ajudar a contornar esses esquecimentos:

• Exercite a memória - Afinal, como o cérebro é um músculo, ele precisa ser estimulado para ter melhor performance. Ler, estudar, montar quebra-cabeça, anotar todos os compromissos na agenda, fazer caça-palavras e sudoku e manter uma rotina são as sugestões que podem ajudar a driblar os lapsos de memória.

• Pratique exercícios físicos - Também são indicados pelo fato de favorecerem a liberação de endorfina e combaterem o estresse. Mas, antes de incluí-los no seu cotidiano, converse com seu obstetra e, se for liberada a prática, procure ter a orientação de um profissional de educação física ou fisioterapeuta especializados.

Projeto Cegonha

O projeto traz informações que ajudam mulheres grávidas beneficiárias da Unimed Cascavel a terem uma gestação mais saudável e tranquila. A equipe multidisciplinar do setor de Medicina Preventiva da cooperativa aborda assuntos da área de especialidade de cada profissional: saúde gestacional e desenvolvimento do bebê, alimentação saudável, cuidados gerais com o bebê e amamentação, além de fatores relacionados à saúde emocional.  Caso queira mais informações, acesse o portal da Unimed Cascavel na internet ou peça que ela entre em contato pelo telefone (45) 3099-4124.

Jeito de Cuidar Unimed. Esse é o plano.