Voltar Oeste catarinense tem 36 pessoas à espera de doação de rim

Oeste catarinense tem 36 pessoas à espera de doação de rim

Texto: MB Comunicação Ltda
        04 de outubro, 2021

A falta de informação é o principal problema que impede as pessoas de doarem órgãos e tecidos. No Dia Nacional de Doação de Órgãos (27/9) profissionais do Complexo Unimed Chapecó e do Hospital Regional do Oeste (HRO) desenvolveram panfletagem durante todo o dia na praça Coronel Bertaso, no centro de Chapecó com intuito de aumentar o número de doadores e sensibilizar a população para que compreenda o que é ser doador de órgão, como proceder e a importância que isto tem na vida da pessoa que necessita de transplante.

“Queremos alertar as pessoas para que manifestem à família a intenção de doação de órgãos ainda em vida, pois, mesmo os casos em que a carteira de identidade apresenta se é ou não doador de órgãos, a doação estará submetida à aprovação dos familiares”, explica o médico coordenador da atividade, João Baroncello, membro da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Hospital Unimed Chapecó.



Em Santa Catarina, 1521 pacientes estão à espera de doação de órgãos e tecidos sendo para córnea (1063 pessoas), rim (336), fígado (58), osso (31), medula óssea (22) e coração (11). Na região Oeste catarinense por exemplo, foram realizados 62 transplantes de rim desde outubro de 2000 (quando foi implantado o serviço) e outras 36 pessoas estão à espera de doação de rim. Somente neste ano de 2006, 16 pessoas receberam transplante de rim.

Em Chapecó, o Hospital da Unimed e o Hospital Regional contam, cada um, com um centro de captação de órgãos. Os transplantes, apenas de rim, são realizados no HRO que atende toda a região Oeste catarinense: em 2005, realizou 11 transplantes e, em 2006, 19 transplantes (14 de doadores-cadáveres e 5 intervivos).

Baroncello reforça que, para ser doador não é necessário deixar nada por escrito, mas é fundamental comunicar a família o desejo da doação. “Um dos grandes problemas é a indecisão e, em muitos casos, deixa-se de salvar vidas por falta do consentimento familiar”, acrescenta. O médico lembra ainda que a doação de órgãos ou tecidos pode ser feita em vida não comprometendo o funcionamento do organismo do doador.

DOAÇÃO

Considera-se como potencial doador todo paciente com diagnóstico de morte encefálica com base na resolução CFM no 1480/97, devendo ser registrado em prontuário um termo de declaração que descreve os elementos do exame neurológico, demonstrando ausência dos reflexos do tronco cerebral, bem como relatório de um exame complementar. A doação em vida, explica o médico, pode ser feita desde que não comprometa a saúde e as aptidões vitais do doador. Em vida pode-se doar parte de órgãos e tecidos do rim, medula óssea, fígado, pulmão, pâncreas.

Dados da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) apontam que, atualmente, cerca de 80% dos transplantes são realizados com sucesso, reintegrando o paciente à sociedade produtiva. No Brasil cerca de 60 mil pessoas aguardam por um transplante, sendo que 30% não conseguem e morrem à espera de um órgão. A ABTO avalia que o Brasil é o segundo país no mundo em transplantes realizados por ano, sendo mais de 90% pelo sistema público. Para uma instituição de saúde realizar um transplante é necessário credenciamento de equipe multidisciplinar no Ministério da Saúde. Para a notificação e informações sobre transplante em Santa Catarina, o Estado conta com a central estadual em Florianópolis, com o telefone 08006437474 ou (48) 251 7299.

 

Fonte: Complexo Unimed Chapecó SC