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Voltar Medicina do sono: para viver mais é preciso dormir melhor

Medicina do sono: para viver mais é preciso dormir melhor

Evento apoiado pela Unimed Chapecó debateu a importância da qualidade do sono e da atuação multidisciplinar
Texto: MB Comunicação
        15 de março, 2024
Fadiga, sonolência diurna, pressão alta com dificuldade de controle pela medicação, zumbido no ouvido e ganho de peso aliado a dificuldade de emagrecimento são alguns sintomas que abrangem diversas especialidades da medicina e que podem estar interligados para a ocorrência de distúrbios do sono. Para debater sobre a importância de dormir com qualidade e de promover a atuação multidisciplinar para um tratamento eficaz foi realizado, nesta semana, o Meeting da Semana do Sono, no Carpevin, em Chapecó. A iniciativa, que contou com apoio da Unimed Chapecó, reuniu mais de 70 profissionais da área da saúde.

A programação contemplou palestra magna com a otoneurologista Dra. Patrícia Mano, que abordou a relação do sono com zumbido. Segundo a especialista o chiado é um dos sintomas mais prevalentes do mundo. “A estimativa é de 28 milhões de pessoas, o que representa 14% da população mundial com essa queixa. E há uma grande correlação, em toda literatura científica, entre distúrbios do sono, ansiedade/depressão e zumbido. Em média, de 50% a 60% dos pacientes com esse incômodo tem distúrbio de sono associado e isso impacta diretamente na qualidade de vida”, destacou.

Durante mesa-redonda, profissionais convidados que atuam na região Oeste catarinense abordaram temáticas relacionadas a medicina do sono. A psiquiatra, Dra. Rafaela Pavan, enfatizou que o tratamento da insônia é multidisciplinar. A neurologista, Dra. Talita Martinelli, explicou o por que a má qualidade do sono interfere na memória, na atenção e na concentração do paciente. A cardiologista, Dra. Dunnia Baldissera, comentou os riscos de dormir mal na infância que provocam irritabilidade, distúrbios de comportamento, prejuízo acadêmico e propensão à obesidade, além de interferirem na dinâmica familiar, reduzirem a capacidade laboral dos pais e no vínculo materno com a criança.

O otorrinolaringologista com especialização em distúrbios do sono, Dr. Rodrigo Kohler, apresentou as indicações cirúrgicas para paciente com ronco e apneia, enfatizando que existem opções para cada tipo de patologia. O pneumologista, Dr. Guilherme Wilson Tenfen, comentou sobre como a obesidade interfere na obstrutiva do sono ao apresentar dados sobre o aumento dessa doença crônica nas últimas décadas. Por fim, o cardiologista, Dr. Douglas Alba, enalteceu a importância de avaliar o sono de pacientes hipertensos.

INTEGRAÇÃO
Para Patrícia, eventos como esse, que incentivam a troca de conhecimentos, são fundamentais. “Vivemos em uma época da medicina em que tentamos compartimentalizar muito o atendimento. Separamos as áreas e não trabalhamos em conjunto. Assim, viramos superespecialistas dentro de cada particularidade. Isso nos faz enxergar a real necessidade de trabalharmos em conjunto, porque ao identificarmos sintomas prevalentes, teremos um olhar diferente”, expôs.

Dr. Rodrigo relembrou que a medicina do sono é uma área relativamente nova, com a intensificação de estudos sobre o impacto na saúde a partir da década de 80. “Cada vez mais a sociedade apresenta déficit de sono e negligencia a importância de descansar, por isso a especialidade tem-se mostrado necessária. Então, campanhas como da Semana do Sono divulgam a temática à população e também informam os profissionais sobre as possibilidades de diagnóstico, tratamento multidisciplinar e como cada um pode contribuir para melhorar a qualidade de vida”, argumentou.

Segundo o otorrinolaringologista, é visível na sociedade atual a privação do sono. “As pessoas estão indo dormir mais tarde e acordando cada vez mais cedo para compensar um ritmo de trabalho diferente ou para aproveitar um lazer noturno. Porém, essa necessidade básica de dormir é deixada de lado, contribuindo para o aparecimento de doenças. Os números mostram essa realidade e precisamos discutir não apenas a qualidade/ritmo/tempo do sono, mas também suas patologias. Pois, quem dorme bem vive mais, e essa informação deve ser levada em conta”, enfatizou.

O aspecto positivo, de acordo com Dr. Rodrigo, é de que a população tem se conscientizado sobre a importância da qualidade do sono e procurado auxílio de especialistas. Nota-se uma crescente demanda por tratamento, tanto de pessoas que buscam orientação, quanto de outros médicos que divulgam o impacto e encaminham pacientes para o especialista do sono. “A Unimed Chapecó se propõe, não apenas a tratar, mas também a orientar e compreender a carência da sociedade por informações”, comentou.

Para o médico neurologista, Dr. Auney de Oliveira Couto, essas campanhas anuais de conscientização auspiciadas pela Associação Brasileira de Medicina do Sono são marcantes e fundamentais para disseminar conhecimento para a população e os médicos. “A realidade do sono no Brasil se mostra cada vez mais preocupante. Segundo estudos publicados no ano passado, estima-se que 49 milhões de brasileiros sofram de apneia”, alertou.

VISITA
Aproveitando sua vinda à Chapecó a otoneurologista Dra. Patrícia Mano conheceu a estrutura do Centro de Diagnóstico de Distúrbio do Sono (CDDS) do Hospital Unimed Chapecó. O serviço identifica uma série de distúrbios que ocorrem quando a pessoa está dormindo e que podem interferir na qualidade de vida. São realizados diagnósticos, exames de polissonografia e videoencefalografia com a meta de verificar a atividade cerebral, cardíaca, muscular, o funcionamento do aparelho respiratório, entre outros fatores.

O diagnóstico é realizado com o paciente dormindo, no qual uma técnica observa por gráficos os sinais emitidos por eletrodos durante o sono. O espaço conta com dois leitos e um terceiro aparelho que pode ser utilizado em ambiente híbrido, como um quarto do hospital. “Ter essa estrutura de atendimento é fundamental para o sucesso terapêutico, principalmente, aliado com profissionais qualificados para atendimento”, observou a médica.
 

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