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Janeiro Branco: A primeira meta do ano é cuidar de você mesmo

Texto: MB Comunicação
        15 de janeiro, 2024
Com o início do ano, o foco de muitos ainda está voltado em cumprir metas que não foram alcançadas em 2023. A campanha Janeiro Branco proporciona um novo olhar para esta época do ano. Ela propõe criar uma cultura de cuidados com a saúde mental, proporcionando informações e apoio para indivíduos, famílias, instituições e comunidades em geral. Por meio de diversas ações no país, procura quebrar estigmas, incentivar o diálogo aberto sobre questões emocionais e fornecer ferramentas práticas de cuidado com a saúde mental.                                                                                                              

A psicóloga da Unimed Personal Chapecó, Deisy Parnof, explica que a campanha foi criada em 2014 por psicólogos de Uberlândia, Minas Gerais. “Em busca de chamar a atenção das pessoas e da sociedade para o tema da saúde mental, janeiro foi escolhido porque é neste mês que as pessoas estão mais focadas em resoluções e metas para o ano. São 10 anos de existência e neste ano o tema é: Saúde mental enquanto ainda há tempo!”.

Janeiro é o primeiro mês do ano e, de acordo com Deisy, possibilita às pessoas uma reflexão sobre a vida. “A qualidade das suas relações, do passado que viveu e dos objetivos que deseja alcançar no ano que se inicia. Janeiro pode ser considerado uma página em branco, uma espécie de portal entre ciclos que se fecham e ciclos que se abrem na vida de todos nós. A cor branca foi escolhida por, simbolicamente, representar “folhas ou telas em branco” sobre as quais podemos projetar, escrever ou desenhar expectativas, desejos, histórias ou mudanças com as quais sonhamos e desejamos concretizar”.

SAÚDE MENTAL NA VIDA DE TODOS
O Janeiro Branco tem o intuito de promover a conscientização sobre a importância da saúde mental. “Também, busca oferecer informações, conhecimentos e recursos para ajudar as pessoas a investirem em si e relacionamentos com mais qualidade. Ainda, inspirar e provocar a criação de políticas públicas dedicadas aos universos e às necessidades psicossociais das pessoas e da sociedade, combater estigmas e preconceitos em torno das questões de saúde mental e encorajar atitudes de cuidado e diálogos abertos sobre o tema. E, principalmente, prevenir adoecimentos em saúde mental, pois se nossa saúde mental não vai bem, nada vai bem”.

AUMENTO NA PROCURA POR ATENDIMENTO PSICOLÓGICO
Deisy relata que estudos vêm demonstrando um aumento de 80% na procura por atendimento psicológico, devido, principalmente, às consequências da pandemia de Covid-19. “Mundialmente temos o Brasil como o quinto país onde as pessoas mais sentiram os efeitos da pandemia, como a perda de amigos e familiares, medo da morte ou até mesmo os efeitos negativos do isolamento social. As maiores queixas trazidas pelos pacientes se relacionam aos sintomas de ansiedade e depressão. O que se percebe é que antes da pandemia, esses quadros já ocorriam, as pessoas já vinham com uma rotina que exigia muito da saúde mental. Com a pandemia, percebe-se uma piora na saúde mental das pessoas em todas as idades, mesmo naquelas que nunca haviam antes apresentado transtornos mentais”.

Além disso, ela explica que a vida moderna vem trazendo demandas que geram exaustão emocional, como autocobranças pelo corpo perfeito e rotina perfeita, consumo excessivo das redes sociais com conteúdo “vazios” que disputam a busca pela vida perfeita, excesso de rotina de trabalho, necessidade de dar conta de tudo, entre tantos outros, sem pensar nas consequências que traz para a saúde de maneira integral.

COMO RECONHECER QUE ESTÁ NA HORA DE PROCURAR UM PSICÓLOGO?
A psicóloga salienta que, quando a pessoa apresentar alguns dos seguintes sinais e sintomas, de forma intensa, quase todos os dias, nos últimos meses, é hora de procurar um profissional: preocupações e medos excessivos, visão irreal de problemas, inquietação ou sensação de estar sempre “nervoso”, irritabilidade contante, tensão muscular ou dores pelo corpo sem causa aparente, dificuldade em manter a concentração, pensamento focado em aspectos negativos, náuseas ou queimação no estômago, fadiga e sensação de cansaço constante, dificuldade para dormir ou manter-se acordado, surgimento de tremores ou espasmos, ficar facilmente assustado, taquicardia constante, humor deprimido, desânimo acentuado, alterações no apetite, pessimismo associado a sentimentos de culpa e/ou inutilidade, pensamentos de morte ou suicídio, comportamento de isolamento, falta de esperança frente à vida, entre outros. Esses sintomas causam falta de qualidade de vida e geram grande sofrimento.

COMO CUIDAR DA SAÚDE MENTAL DIARIAMENTE?
Deisy completa que é preciso reconhecer e aceitar que pequenas mudanças podem gerar grandes resultados para o corpo e para a mente. “É importante destacar que a saúde mental não pode estar desconectada da saúde do corpo, pois devemos olhar de forma integral. Desfrutar de saúde mental é ter condições de lidar com as diferentes emoções (boas e ruins), impor limites, reconhecer suas emoções, ou seja, não é estar bem o tempo todo mas, saber quais recursos utilizar para lidar com os momentos de dificuldade emocional. Assim como a saúde física, existem ações que necessitam ser colocadas em prática para estimular e melhorar a saúde mental”.

Confira algumas sugestões:

- Comece o dia fazendo algo por você, que proporcione relaxamento e bem-estar;

- Cuide do seu sono e ritmo circadiano (é a maneira pela qual nosso organismo se adapta à duração do período claro (dia) e do período escuro (noite);

-  Estabeleça horário para dormir e acordar;

- Faça higiene do sono: minimize a exposição à luz durante a noite e desligue dispositivos eletrônicos duas horas antes da hora de dormir. Crie um ritual agradável como tomar um banho, ler um livro ou tomar um chá de cor clara, durma em ambiente escuro e silencioso, evite calor ou frio excessivos no ambiente, não durma com fome, faça refeições leves à noite, evite a ingestão de bebidas estimulantes, como cafeína ou chás escuros, use a cama para dormir e não para estudar ou trabalhar;

- Pratique exercício físico ao menos três vezes na semana;

- Alimente-se regularmente e evite alimentos industrializados, dando sempre preferência aos alimentos in natura. Evite excesso de açúcar e gordura;

- Consuma ao menos dois litros de água ao dia;

- Tenha um hobbie e dedique algum tempo da sua agenda para atividades que geram prazer e bem-estar;

- Pratique meditação, técnicas de relaxamento ou respiração, as quais irão lhe ajudar a desacelerar;

- Fortaleça seus laços e vínculos afetivos, esteja com pessoas que lhe façam bem; 

- Permita-se momentos de relaxamento, “não fazer nada”. Exigência pessoal em excesso provocam sobrecarga e sintomas de estresse;

- Evite o uso do cigarro, álcool ou outras drogas;

- Desconecte-se das redes sociais o máximo que conseguir;

- Evite os excessos de autocobranças, perfeccionismo, querer estar bem o tempo todo, conecte-se mais com você;

- Evite automedicação, busque profissionais da saúde capacitados;

- Busque um profissional de saúde quando as estratégias utilizadas não estiverem sendo suficientes para sua estabilização emocional;

- Consulte seu médico ao menos uma vez ao ano;

- Faça Psicoterapia para autoconhecimento.

Lembre-se: Sua matrícula na academia, seu nutricionista, seu atendimento psicológico, sua consulta médica e todos os seus gastos que envolvem a saúde física e mental são investimentos, não despesas.